EUA rejeitam russos e iranianos no inquérito aos ataques químicos na Síria

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A Comissão da ONU que investiga o recente ataque químico na Síria, confirmou a utilização de gás neurotóxico durante a ação, sem, no entanto, avançar com o nome de um…

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A Comissão da ONU que investiga o recente ataque químico na Síria, confirmou a utilização de gás neurotóxico durante a ação, sem, no entanto, avançar com o nome de um responsável.

O chefe da comissão, o brasileiro Paulo Pinheiro, afirmou que os investigadores não excluem nenhuma pista, quando Estados Unidos e França acusam Damasco e Rússia e Síria apontam responsabilidades aos rebeldes.

Durante uma conversa telefónica com o seu homólogo norte-americano, o responsável da diplomacia russa
Serguei Lavrov, voltou a exigir, na sexta-feira, o que considera ser uma “investigação objetiva” ao ataque que provocou 87 mortos no início de abril, na localidade de Khan Sheikhoun.

Rússia, Irão e Síria tinham proposto a criação de uma nova equipa – com investigadores dos dois países – para analisar os ataques, no seio da Organização para a Proibição das Armas Químicas.

Uma proposta rejeitada na quinta-feira pelo organismo. Uma posição defendida por Rex Tillerson, durante a conversa telefónica com Lavrov.

Moscovo e Teerão querem igualmente que os investigadores se desloquem à base aérea de Shayrat, de onde terá partido o ataque químico, visada dias depois por um ataque de mísseis norte-americano.

Os EUA tinham acusado o regime sírio de ser responsável pelo ataque, quando a Rússia, aliada de Damasco, atribui a responsabilidade da ação aos rebeldes.

Os responsáveis da diplomacia dos dois países discutiram ainda a criação de um grupo de trabalho bilateral, destinado a procurar consensos face a uma relação mais tensa do que nunca, do conflito ucraniano à situação na Síria.

Evacuação de civis coloca dezenas de milhar em perigo

Uma tensão diplomática que não parece afetar o acordo, no terreno, sobre a evacuação de milhares de habitantes de quatro cidades sitiadas, concluído ontem, após um adiamento de 48 horas.

Um entendimento que preocupa a ONU, quando dezenas de milhares de civis estão a ser transferidos para as zonas rebeldes no norte do país, onde se poderia assistir a uma nova escalada das hostilidades, como ocorreu recentemente em Alepo, segundo Paulo Pinheiro.

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