No centro desta crise política está a luta de Bohuslav Sobotka para demitir o ministro das Finanças.
O primeiro-ministro da República Checa, Bohuslav Sobotka, voltou atrás com a decisão de se demitir e mantém o braço-de-ferro com o presidente Miloš Zeman, em torno da continuidade do ministro das Finanças Andrej Babiš no governo.
O primeiro-ministro esbarrou no presidente ao tentar afastar Babiš, um milionário, do governo de coligação, depois de uma fuga de informações: “O ministro das Finanças não admite os erros que cometeu e não deixa o governo, embora o problema dele, na minha opinião, seja ter excedido os limites do que se pode fazer no sentido de manter uma cultura política básica”, disse o chefe do governo.
Em causa está a divulgação de uma conversa privada, que sugeria pressões de Babiš sobre jornalistas para atacar rivais políticos: “O primeiro-ministro surpreende todos os dias. Agora, está a mudar de posição pela quarta vez. Parece um cómico. Não entendo e rejeito os argumentos dele para pedir a minha demissão. É uma campanha direcionada”, defende-se o responsável pelas Finanças.
O partido de Babiš é dado como favorito para as eleições legislativas de outubro. O parlamento checo vai discutir esta quarta-feira as fugas de informação relativas ao magnata e ministro.