Objetivo: Raqqa

Fugiram dos tiroteios e da barbárie do autoproclamado Estados Islâmico. Agora, mais de oito mil deslocados sírios tentam sobreviver no campo de Ain Issa, a norte da cidade de Raqqa.
Apesar de faltar quase tudo, chegar aqui significa que há oportunidade de sobreviver.
“Deixámos Deir Al Zur no dia dois deste mês. Estamos a andar há mais de uma semana. Fugimos dos ataques aéreos, da destruição, dos aviões. Ná há comida, nem água, nem pão. O Daesh estava a forçar todos os que têm entre 15 a 40 anos a juntarem-se a eles. Escapámos-lhes para chegar aqui. Passámos uma semana na estrada, sem comida nem água, Acabámos de chegar ao acampamento”, conta um sírio.
As Forças da Síria Democrática, uma aliança liderada pelas Unidades de Proteção Popular curdas e apoiadas pelos Estados Unidos da América, vão ganhando terreno em Raqqa.
“Antes de vir para aqui, vivia uma vida normal, como todas as pessoas. Arranjava computadores e era pintor. Fazia as coisas normais como todas as pessoas. Então, decidi que queria juntar-me às UPP. Queria combater o mal, na Síria. Tão simples quanto isso, na verdade”, afirma Jack Holmes, um atirador britânico.
Footage from the battle of Raqqa. pic.twitter.com/nqRP6kZ9ac
— Hassan Hassan (@hxhassan) August 12, 2017
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, pelo menos 25 jihadistas e seis militares governamentais pereceram, nos combates deste domingo, nas províncias de Al Raqqa, Homs e Deir al Zur.
Desde 2014, a coligação internacional reconheceu a morte de 624 civis.