O judoca português Anri Egutidze perdeu um dos duelos para o último lugar no pódio de -81 Kg; Yahima Ramirez não foi além do segundo combate em -78 Kg.
O mongol Uuganbaatar Otgonbaatar e a nipónica Shori Hamada foram eleitos estrelas deste segundo e último dia do Grand Slam de judo, em Tóquio, no Japão. Brasileiros David Moura (+100 Kg) e Maria Suelen Altheman (+78 Kg) conquistaram as únicas medalhas lusófonas neste torneio.
Com o português Anri Egutidze a perder um dos duelos pelo bronze, a final de -81 Kg ficou marcada pela excelente resposta de Otgonbaatar ao ataque do coreano Lee Sungho.
O mongol conseguiu interromper o até ali pleno japonês nas finais deste torneio e, pela primeira vez neste Grand slam, no lugar do hino nipónico, ouviu-se outro, o da Mongólia.
O novo campeão de Tóquio em -81 Kg revelou-se “muito agradecido por ser o segundo mongol a ganhar o Grand Slam” da capital nipónica. Otgonbaatar assume-se “muito forte junto ao tapete” e por isso ficou “feliz pela forma como” conquistou “esta medalha de ouro.”
No quadro masculino, foi a japonesa Shori Hamada a ser eleita a judoca do dia pela organização.
Em -78 Kg, categoria em que a portuguesa Yahima Ramirez foi eliminada logo ao segundo combate e a brasileira Maria Suelen Altheman conquistou um dos bronzes, Hamada teve pela frente Guusje Steenhuis na disputa pelo ouro.
A holandesa deixou-se surpreender por um movimento de pés da nipónica, foi ao chão, ficou por baixo e teve de conceder a derrota.
Hamada lamentou “não ter podido competir há um ano neste Grand slam de Tóquio”, mas mostrou-se “feliz” de ter conseguido participar este ano e veio “para ganhar”, disse. “Felizmente, fui capaz de o fazer”, concluiu.
Nos pesos pesados do quadro masculino (+100 Kg), o campeão olímpico Lukas Krpalek conseguiu intrometer-se entre japoneses nas meias-finais e chegou mesmo à final.
Com o brasileiro David Moura a ganhar uma das medalhas de bronze da categoria, na luta pelo ouro o checo acabou por não conseguir manter o trilho vencedor. Após mais de dez minutos de duelo pelo “ponto de ouro”, Krpalek tentou um ataque, mas Yusei Ogawa reagiu bem e ganhou a vantagem decisiva.
O judoca da casa recebeu os parabéns do campeão olímpico e garantiu mais um ouro para o Japão.
Ogawa, de 21 anos, permitiu ouvir-se uma última vez o hino japonês no ginásio metropolitano de Tóquio, no fecho deste Grand Slam nipónico.
Referência final ainda para a medalha de ouro conquistada por Keiichiro Yokomizo, o autor do movimento do dia, na ótica da organização, durante a final masculina de -90 Kg, com um “uchi mata” que levou ao rubro o público da casa.
Coreia do Sul (-100 Kg, masculinos) e Mongólia (-81 Kg, masculinos) foram os únicos países que conseguiram intrometer-se no domínio nipónico neste Grand Slam de Tóquio. O Japão arrecadou 12 das 14 medalhas de ouro em disputa.