Presidente do Irão critica Trump por comentar protestos no país

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De  Euronews
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Hassan Rouhani não gostou de ver o líder norte-americano solidarizar-se através do Twitter com o povo iraniano.

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O presidente do Irão, Hassan Rouhani, censurou este domingo o seu homólogo dos Estados Unidos da América, Donald Trump, por comentar a atual situação de instabilidade do país. 

Após quatro dias de protestos, dezenas de detenções e pelo menos doze mortos, naquela que é já a maior vaga de contestação ao regime desde 2009, o líder iraniano reconheceu o direito dos cidadãos à crítica, mas rejeitou qualquer tipo de violência ou destruição de propriedade pública.

Rouhani lembrou ainda que o presidente dos Estados Unidos sempre detestou o Irão e que, por isso, não tem argumentos para se colocar ao lado do povo iraniano.

"Este homem (Donald Trump) na América que hoje pretende simpatizar com o nosso povo esquece-se de que há apenas alguns meses chamou a nação iraniana de uma nação terrorista. Ele rotulou-a como 'uma nação terrorista'", sublinhou.

Foi através do Twitter que Donald Trump criticou a limitação do acesso às redes sociais no Irão, como forma de controlo da comunicação entre manifestantes. O presidente norte-americano voltou também a associar o regime iraniano ao apoio ao terrorismo e a violações contínuas dos direitos humanos.

Esta já não é a primeira vez que o presidente dos EUA se pronuncia sobre a insatisfação dos iranianos, tendo já reiterado - igualmente através do Twitter - que o seu país está a vigiar de perto a situação e que os cidadãos do Irão poderão ter de fazer uma escolha num futuro próximo.

Os protestos começaram por se dever à crise económica do país, que vive as consequências da austeridade depois de um período de sanções internacionais, mas rapidamente se tornaram políticos e são agora um teste à resistência de Rouhani.

O atual líder iraniano, considerado um moderado no quadro político do país, está no poder desde 2013 e foi reeleito para um segundo mandato em maio de 2017.

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