As causas do acidente ainda estão a ser investigadas, mas foi detetada uma falha nos carris cerca de um quilómetro antes do desastre.
Três mortos, dez feridos graves e mais de 90 feridos ligeiros. É este o balanço das autoridades italianas sobre o desastre de comboio perto de Milão.
Dezenas de bombeiros e socorristas acorreram à estação de Pioltello-Limito para ajudar a resgatar as vítimas encarceradas nas carruagens.
Após várias horas no interior do comboio, os feridos acabaram por ser transportados de helicóptero para o Hospital de San Raffaele.
"Dos pacientes que chegaram do acidente de comboio, dois chegaram em estado grave, de urgência imediata e código vermelho; dois em código amarelo, ou seja, de urgência não imediata; e seis em código verde por traumatismos menores", afirmou o coordenador do serviço de urgência de San Raffaele.
O comboio, que descarrilou ao início da manhã desta quinta-feira, fazia a ligação entre Cremona e a estação de Milão-Garibaldi. Embora não haja ainda uma explicação oficial, foi detetada uma falha nos carris a cerca de um quilómetro do acidente. Os relatos de passageiros indicam que o comboio tremeu fortemente e depois sofreu uma travagem brusca antes do descarrilamento.
"200 comboios por dia fazem esta linha ferroviária e são efetuadas verificações. Esta linha ferroviária está fechada durante duas horas para fazer essas análises em toda a linha ferroviária. As mesmas carruagens são verificadas quase diariamente e há uma manutenção cíclica. Por isso, é bastante difícil explicar os motivos deste acidente tão grave", revelou o presidente do Observatório de Itália para Liberalizações e Transportes.
De acordo com as autoridades, mais de 250 pessoas estavam a bordo das carruagens, a maioria trabalhadores e estudantes.
Este é já o sexto acidente ferroviário com vítimas mortais desde 2000 em Itália.