Grupo de Visegrado aposta no reforço de um bloco regional

Grupo de Visegrado aposta no reforço de um bloco regional
De  Nelson Pereira

Os quatro países membros do Grupo de Visegrado reiteraram em Budapeste posições semelhantes sobre questões como a segurança, defesa e política migratória

Discordar de Bruxelas não nos coloca fora da União Europeia - frisaram na sexta-feira, em Budapeste, os líderes dos quatro países do Grupo de Visegrado - Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia.

"Não somos a ovelha negra da União Europeia", disse o primeiro ministro eslovaco Robert Fico:

"Penso que temos que apoiar e manter todos os traços bem sucedidos da União Europe ia. Temos a zona Schengen, o mercado interno e a moeda comum. Não é sensato, porém, incluir políticas que dividam a União Europeia."

Apostados no fortalecimento de um bloco regional, os quatro de de Visegrado mantêm posições semelhantes em questões como a segurança, defesa e política migratória. Os quatro países membros somam uma população semelhante à da França ou a da Itália e o quarto PIB da UE, após a saída do Reino Unido.

Crítico das diretivas migratórias de Bruxelas, o primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, frisou que a entrada massiva de refugiados rompe o equilíbrio demográfico interno:

"Não queremos tornar-nos um país imigrante. Ajudaremos onde for necessário ajudar, isso está fora de discussão. Protegeremos quem precisar de proteção, mas não acolhemos migrantes. Nem hoje, nem no futuro, porque não queremos tornar-nos um país imigrante. Temos os nossos próprios problemas, entre outros um problema demográfico, que não queremos resolver através da imigração, mas através de políticas familiares."

Na realidade, a política migratória defendida por Viktor Orban já foi mais ostracizada na União Europeia. O acordo coletivo com a Turquia é bem revelador da "Orbanização" da política migratória europeia.

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