Ocupação durou apenas algumas horas, na localidade do litoral de São Paulo.
Os militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto abandonou o apartamento cuja propriedade é atribuída ao antigo presidente Lula da Silva, localizado em Guarujá, localidade situada no estado de São Paulo.
Os integrantes do MTST fizeram-se acompanhar por militantes de outro grupo, a Frente sem Medo. Ambos grupos criticaram a operação levada a cabo pela Polícia Militar (PM) como abitrária, uma vez que foi feita em ordem judicial.
Depois do início da tomada do apartamento, a polícia disse que, se os militantes não abandonassem o local, seriam detidos.
Um dos dirigentes do movimento disse que não seria possível que a ordem de despejo fosse legal, já que as autoridades não tinham ninguém a quem devolver a residência.
Durante a ocupação, alguns militantes gritaram palavras de ordem a favor do antigo presidente brasileiro e disseram que se o apartamento era realmente dele, então era "de todos."
Ao chegarem ao Condomínio Solaris, onde fica o chamado tríplex, os integrantes do grupo, cerca de 50 pessoas, colocaram bandeiras e afixaram mensagens como "Povo Sem Medo" e "Se é do Lula, é nosso."
Luíz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil entre 2003 e 2010, encontra-se preso na cidade de Curitiba, estado do Paraná, (sul) há 10 dias.
De acordo com a Agência Brasil, o apartamento ocupado pelos militantes é parte de um conjunto de investigações sobre o antigo presidente brasileiro, que acabaram com a sua prisão, acusado de corrupção e de lavagem dinheiro, numa condenação que se traduziu numa sentença de 12 anos e um mês.
A Justiça brasileira concluiu que o apartamento e os trabalhos realizados no mesmo foram feitos pela empreiteira OAS, em troca do favorecimento da empresa em contratos públicos.
Entretanto, o Ministério Público Federal no estado do Paraná anunciu que o apartamento de Guarujá se encontra disponível para leilão.