Michael Curry, o primeiro afro-americano líder da igreja episcopal, proferiu um discurso sobre o "poder do amor" e as "chamas furiosas da paixão". Ninguém ficou indiferente
Nasceu em Chigago, no Illinois, EUA, a 13 de março de 1953. Tem 65 anos. A 01 de novembro de 2015 tornou-se no primeiro afro-americano eleito para liderar a Igreja Episcopal Anglicana nos Estados Unidos.
Este sábado, 19 de maio, o bispo Michael Bruce Curry, tornou-se numa estrela mundial após milhões de pessoas terem seguido por todo o mundo, em direto, o efusivo e emotivo discurso que proferiu no casamento real britânico do príncipe Harry com a compatriota Meghan Markle, os agora duques de Sussex.
Curry é descendente de uma família de escravos do Alabama, é casado, tem duas filhas já adultas e é um reconhecido ativista antirracismo, pela justiça, pelos direitos da comunidade LGBT e contra o abuso e o assédio sexuais.
Convidado pela noiva para a homília durante a cerimónia religiosa, Curry optou por citar Martin Luther King, assassinado há exatamente meio século (04 de abril de 1968), apelando à descoberta do "poder redentor do amor" e falando das "chamas furiosas da paixão."
"Quando o fizermos, faremos deste velho mundo um novo mundo", garantiu Curry.
A influência afro-americana não se ficou pelas palavfras do bispo. O The Kingdom Choir, sob a batuta de Karen Gibson, entoou o tema "Stand By Me", noutro dos intensos momentos experienciados este sábado de manhã na Capela de São Jorge, em Windsor.
O prémio revelação da música para a BBC, em 2016, -- o primeiro negro a consegui-lo, sublinhe-se -- Sheku Kanneh-Mason, de apenas 19 anos, também atuou durante a cerimónia. um momento que recordamos em baixo a reboque da transmissão da BBC.