O iate que o general juguslavo Josip Broz Tito utilizava como residência de luxo vai ser transformado em museu flutuante para ser visitado já em 2020, quando a cidade croata de Rijeka assumir o estatuto de Capital Europeia da Cultura.
O Gaivota já teve os seus momentos de glória. Foi um dos muitos símbolos do luxo e ostentação do general Tito e está agora no porto croata de Rijeka onde será transformado num museu flutuante.
Antes, vai passar por um processo de renovação, orçada em vários milhões de euros, na qual a União Europeia participa com seis milhões
"A nossa ideia é que o navio seja uma parte importante do programa que preparámos para a Capital Europeia da Cultura em 2020 ", refere o presidente da Câmara de Rijeka.
A curadora do museu da cidade, Kristina Pavec, explica que a intenção não é manter o navio como está. É renová-lo e torná-lo num navio museu para ser visitado. "Pela história de todas as fases por que passou - e foram muitas. E por toda a história do navio, que é muito interessante", refere.
Mas a renovação do navio, construído em 1938 nos estaleiros de Génova, não é consensual. Os nacionalistas querem que este símbolo dos 35 anos de regime comunista, que obrigou a Croácia a integrar a Jugoslávia, seja destruído, em vez de ser mostrado ao mundo.
O "Gaivota" tornou-se famoso em 1953, quando o general Josip Broz Tito navegou até Londres, para se encontrar com Winston Churchill e a rainha Isabel de Inglaterra.
O navio foi inicialmente destinado ao transporte de frutos tropicais de África mas, durante a segunda Guerra Mundial, os nazis utilizaram-no como carregador de minas. Terá mesmo sido atingido pelas bombas dos aliados no porto de Rijeka, próximo do fim da guerra.
Depois do conflito foi reconstruído e transformado em navio escola da academia juguslava, tendo-lhe sido acrescentada uma ala VIP, na qual Tito fez a sua residência de luxo, onde recebia líderes de todo o mundo e estrelas de Hollywood.