A Europa, e o mundo, precisam de mais subsidiariedade?

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Direitos de autor REUTERS/Kai Pfaffenbach
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De  Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva
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O governo anti-sistema e eurocético em Itália abriu nova frente de discussão sobre o futuro da União Europeia e a capacidade dos seus Estados-membros de darem resposta aos anseios dos cidadãos. O analista político e económico norte-americano Jeremy Rifkin defende que é preciso mais subsidiariedade.

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O governo anti-sistema e eurocético em Itália abriu nova frente de discussão sobre o futuro da União Europeia e a capacidade dos seus Estados-membros de darem resposta aos anseios dos cidadãos.

Como país fundador e uma das principais economias do bloco, a Itália tem um papel determinante, segundo o presidente da Comissão Europeia.

"O lugar da Itália é no coração da Europa e da União Europeia, refletindo o quanto esse país fez para construir uma Europa unida. A Itália, tanto no passado como no presente, merece respeito e confiança", disse Jean-Claude Juncker, num discurso no Fórum Económico de Bruxelas.

O fórum, que decorreu esta semana, teve como principal tópico as potencialidades do setor digital para o avanço sócio-económico na Europa. Um dos principais pensadores nessa área, o analista político e económico norte-americano Jeremy Rifkin, fez um paralelo entre os dois temas.

"Estamos num momento - em toda a Europa e não apenas em Itália - em que os eleitores são chamado a votar e o que dizem - para lá de toda a retórica - é que querem ter uma voz mais ativa sobre o seu próprio destino económico, sobretudo a nível local, nas regiões onde vivem", explicou.

"O que precisamos agora é de uma visão governamental que seja compatível com as plataformas digitais abertas e transparentes que estamos a criar. É o princípio da subsidiariedade. Isso não significa que vamos excluir os Estados-nação, muito menos a União Europeia. Mas significa que todo o poder de decisão económica e política deve começar no lugar onde as pessoas vivem e trabalham. De seguida, tal como o wi-fi para a Internet, deve espalhar-se por todas as regiões, pela Europa, pelo mundo inteiro", concluiu.

Giuseppe Conte e os seus ministros da Liga e do Movimento 5 Estrelas tomaram posse a 1 de junho, pondo fim a uma crise política.

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