O governo italiano reviu as metas do défice após a agitação dos mercados e da Uniâo Europeia. Roma promete agora reduzir o défice para 2% do PIB em 2020 e 1,8% em 2021.
O ministro italiano do Trabalho e da Indústria, Luigi di Maio, o mesmo que tinha afirmado que o executivo não retiraria nem um milímetro ao projeto de orçamento, apressou-se a dizer que o governo tinha mantido a promessa.
A promessa era de um défice de 2,4% a três anos. Isto, até que os mercados começaram a reagir e os juros da dívida italiana a subir. Agora a previsão é de 2,4% de défice em 2019, 2,1 em 2020 e 1,8% em 2021.
O ministro da economia, Giovanni Tria, explica os objetivos deste plano orçamental: Através deste orçamento queremos, no primeiro ano, reduzir para metade a diferença entre a taxa de crescimento de Itália e a taxa média de crescimento europeu.
De acordo com os media italianos, o governo prevê um crescimento de 1,5% no próximo ano. Uma previsão mais otimista que o 1% previsto pelo fundo Monetário Internacional (FMI).
Mas o que pensam os italianos deste orçamento?
"Espero que este novo governo consiga cumprir este orçamento da melhor maneira, espero que toda a genta faça o seu melhor nesse sentido", diz um residente de Roma.
Outro, afirma: Estou muito preocupado com este orçamento, Não acredito que o equilíbrio orçamental pedido ao nível europeu possa ser mantido. Isto é um problema para todos n'os".
Para já, os mercados aliviaram a tensão na sequência do anúncio deste novo plano orçamental. As contas italianas devem chegar a Bruxelas lá para o final do mês.