Lilesa regressa a Addis Abeba depois de dois anos no exílio

Lilesa regressa a Addis Abeba depois de dois anos no exílio
De  Euronews

Maratonista etíope Feyisa Lilesa regressou finalmente ao país de origem, depois de dois anos no exílio devido ao gesto de protesto contra o antigo regime nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016

Um gesto contra o antigo regime no poder em Addis Abeba que valeu a Feyisa Lilesa dois anos no exílio nos Estados Unidos.

O maratonista etíope voltou finalmente ao país de origem este domingo, acolhido por vários altos responsáveis do novo governo reformador, no poder desde abril.

À chegada à capital da Etiópia, Lilesa disse que "sabia que este dia ía chegar, porque o sangue de tantas pessoas não seria derramado em vão. O governo da ditadura teria eventualmente de cair".

O gesto das mãos algemadas por cima da cabeça, que deu a volta ao mundo e foi repetido várias vezes pelo atleta etíope, tinha sido feito pela primeira vez depois de conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, em protesto contra a repressão brutal de que foram alvo os Oromo - etnia a que pertence Lilesa - por parte do antigo regime.