Embaixada da União Europeia nos EUA desceu de categoria

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De  Stefan Grobe
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Embaixada da União Europeia nos EUA desceu de categoria

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Na véspera de importantes negociações bilaterais sobre comércio, a Comissão Europeia confirmou, terça-feira, que a embaixada que representa a União Europeia nos Estados Unidos desceu de categoria, passando do estatuto dado aos Estados-Nação para o de organização internacional.

A decisão coube ao governo de Donald Trump e foi implementada no último trimestre de 2018, sem sequer informar formalmente o executivo europeu ou os Estados-membros, explicou uma porta-voz da Comissão para as Relações Externas, Maja Kocijanicic.

"O que posso dizer, nesta fase, é que estamos a par da alteração recente na forma como a lista de precedências diplomáticas é implementada pelo protocolo dos Estados Unidos. Estamos a dialogar com os serviços relevantes na administração norte-americana sobre as eventuais implicações para a delegação da União Europeia em Washington. Mas, em última análise, essas questões devem ser dirigidas à administração norte-americana", explicou a funcionária europeia na conferência de imprensa diária, em Bruxelas.

REUTERS/Denis Balibouse/File Photo
Cecilia Malmstrom, comissária europeia para o ComércioREUTERS/Denis Balibouse/File Photo

Esta nova ofensiva de Donald Trump foi conhecida no dia em que a comissária europeia para o Comércio, Cecilia Malmström, viajou para Washington, a fim de evitar a aplicação de novas tarifas aduaneiras.

Este governo norte-americano, que considera a União Europeia como um dos piores inimigos a nível comercial, visou a produção de aço e alumínio e poderá, agora, fazer incidir tarifas sobre os automóveis, sobretudo os de produção alemã.

Um novo relatório é esperado no mês que vem e Cecilia Malmström tenta preservar a trégua obtida, em julho passada, pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Para apaziguar Donald Trump, a União Europeia tem aumentado a importação de soja exigida pelos EUA, entre outras concessões no setor agrícola.

As partes tentam, ainda, harmonizar os regulamentos e propor medidas para reformar a Organização Mundial do Comércio.

Aos negociadores da UE e EUA juntar-se-á, no dia seguinte, o do Japão, para analisar as práticas comerciais da China.

Nome do jornalista • Isabel Marques da Silva

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