A alteração do nome oficial do país para República da Macedónia do Norte dominou as eleições
O resultado das eleições presidenciais na Macedónia do Norte comemorou-se nas ruas, mas o escrutínio acabou por funcionar como um referendo à nova designação do país.
O candidato social-democrata e pró-ocidente, Stevo Pendarovski, reclamou vitória. Defendeu um acordo recente com a Grécia para a mudança do nome permitindo a um dos países mais pobres da Europa seguir em frente.
"O resultado desta eleição presidencial representa o movimento certo para adesão do país à NATO e à União Europeia, juntamente com o desenvolvimento económico no mundo a que pertencemos. Saímos de um período de trevas para podermos preservar esta vitória e desenvolvê-la", sublinhou Pendarovski.
Atenas bloqueou a candidatura de Skopje de adesão à NATO até à alteração de nome. A Grécia tem uma província designada Macedónia. A candidata nacionalista às presidenciais, Gordana Siljanovska-Davkova, prometeu desafiar a questão do nome caso fosse eleita.
"Espero que o triunfalismo não domine e que a posição da oposição seja desafiada em questões importantes. Mas sei uma coisa: com isso, os problemas da Macedónia não serão todos resolvidos", lembrou Davkova.
A taxa de participação no escrutínio deste domingo foi de cerca de 46%, ligeiramente acima do limiar dos 40% necessários para um resultado válido.
Um cenário que alguns explicam pelo cansaço eventual com a questão do nome. Seja como for, a Macedónia parece estar a caminho da mudança.