Praga foi palco da maior manifestação no país desde a Revolução de Veludo em 1989
Cento e vinte mil pessoas nas ruas de Praga para exigir a saída do primeiro-ministro checo, Andrej Babiš. Os números foram avançados pela organização e a confirmar-se, fazem desta a maior manifestação no país desde a Revolução de Veludo, que ditou a queda do governo comunista em 1989.
Babiš é acusado de utilizar fundos europeus em benefício próprio e a própria Comissão Europeia admitiu num relatório existir "conflito de interesse" do chefe de executivo checo, uma vez que tinha uma "influência decisiva" na distribuição de fundos e estava ligado a empresas que acabaram por receber vários milhões de euros.
Para David Ondracka, da ONG "Transparência Internacional", a solução é simples, basta fazer uma revolução para se livrarem do Babiszismo e exigir a sua demissão.
Os manifestantes exigem também a demissão de Marie Benešová, a nova ministra da Justiça e vista como aliada de Babiš, por temerem que ela possa interferir nas investigações em curso contra a conduta do primeiro-ministro. Andrej Babiš garante estar inocente e acusa o relatório da Comissão Europeia de ser um "ataque à República Checa" com o objetivo de "desestabilizar o país".