Acordo para combater imigração clandestina foi concluído com os EUA para evitar aumento de taxas sobre produtos mexicanos exportados para o território norte-americano
O México começou a reforçar a fronteira com a Guatemala nos termos do acordo, anunciado na sexta-feira, que prevê a mobilização de 6000 membros da Guarda Nacional para combater a imigração clandestina em direção aos Estados Unidos.
Mas, apesar de vários contingentes já terem sido enviados para os principais pontos de passagem, as travessias continuam, como explica um comerciante de Tapachula, que diz que "acontece em intervalos de 72 horas" e que são "pessoas de diferentes países".
Vários peritos criticam o acordo, sublinhando que não evitará a imigração e apenas beneficiará as redes de tráfico humano.
Um homem vindo das Honduras diz que "é uma medida dura" e que, de um ponto de vista humano", o presidente mexicano Lopéz Obrador "está a agir mal".
O chefe de Estado mexicano é também criticado por opositores e ativistas, que dizem que a militarização da fronteira a sul se faz em detrimento da luta contra a violência ligada ao tráfico de drogas, um dos principais problemas do país.
O México concluiu o acordo com os Estados Unidos para evitar que Washington impusesse, já a partir desta segunda-feira, uma taxa de 5 por cento sobre todos os produtos mexicanos exportados para território norte-americano. Uma taxa que poderia aumentar até 25 por cento, até ao mês de outubro.