O novo material maleável que estimula o crescimento das celulas ósseas não contém produtos de origem animal, o que é um factor diferenciador em certos mercados.
A Euronews entrevistou o empresário polaco Maciej Maniecki, responsável pela comercialização internacional da tecnologia FlexiOss. O novo material estimula o crescimento das celulas ósseas e já foi testado em dezenas de pacientes na Polónia. Não contém produtos de origem animal, o que é um factor diferenciador em certos mercados considerados prioritários, como o mercado árabe.
"Trata-se de uma grande descoberta feita pelos nossos cientistas. Criaram um material que não é uma proteína nem de origem animal, nem de origem humana. É um açúcar. O que é importante por duas razões. Primeiro, diminiu o risco de rejeição e de toxicidade. Mas há também um aspeto cultural e religioso que poderá abrir-nos as portas do mercado árabe. Depois da entrada no mercado europeu, vamos concentrar-nos no mercado árabe. Fizemos um estudo e constatámos que há um grande interesse pelo produto nesse mercado", afirmou Maciej Maniecki, presidente da empresa Medical Inventi, sedeada em Lublin, no leste da Polónia.
Mercado ortobiológico vale 2 mil milhões de euros
"Segundo estimativas, o mercado ortobiológico vale dois mil milhões de euros. Uma parte desse mercado corresponde ao nosso alvo, os ossos mais longos. Mas gostaríamos também de propor outras aplicações, em cirurgia estomatológica, nas áreas da veterinária, osteoporose, osteotomia e cancro nos ossos", acrescentou o responsável.