Tempestade "Ciara" semeou caos e morte pela Europa

A Europa tem estado sob os efeitos da mais forte tempestade que atingiu o território este inverno. Nas montanhas da Suíça, a Ciara trouxe ventos ciclónicos.
Depois de atingir a Grã-Bretanha e Irlanda no domingo, a tempestade passou pelo norte de França, onde as margens costeiras foram bastante afetadas e os mares continuavam a agitar-se mesmo quando as marés já tinham baixado.
A tempestade, conhecida como Ciara, no Reino Unido, e Sabine, na Alemanha, deixou pelo menos 7 pessoas mortas e causou graves distúrbios nos tráfegos rodoviário, ferroviário e aéreo, à medida que avançava para Leste.
Na Polónia, uma mulher e a filha de 15 anos morreram quando um telhado arrancado pelo vento se projetou sobre um grupo de pessoas que se encontravam próximo de um teleférico numa estância de esqui.
Na República Checa, a tempestade derrubou inúmeros postos e linhas de eletricidade. Cerca de 290 mil pessoas ficaram privadas de energia.
Dois homens, um no norte da Eslovénia e outro no sul da Inglaterra, também morreram após os carros em que circulavam terem sido atingidos pela queda de árvores. Na Alemanha, um motorista morreu depois de bater com o caminhão num veículo estacionado por trabalhadores que limpavam os destroços de uma estrada no estado de Hessen, no sul do país.
No norte da Grã-Bretanha caiu o equivalente a um mês e meio de chuva, em apenas 24 horas e as margens dos rios rebentaram.
Satnam Singh, o responsável do posto dos correios de Hebden Bridge, queixa-se:
"Fomos inundados novamente. Há três anos que o governo está a implementar medidas preventivas das cheias que, claramente, não resultam. Todo o dinheiro gasto em Mytholmroyd não parece ter feito qualquer diferença. É ainda pior do que da última vez".
360 alertas de cheias foram já levantados, mas cerca de 75 permanecem em vigor em todo o país. Em algumas regiões do norte da Inglaterra e da Escócia, o alívio será curto, com previsões da chegada de fortes nevões.