Coronavírus: Controlo fronteiriço na UE não é necessário

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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grober
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A Comissão Europeia consideradou, segunda-feira, que não há motivos para limitar a circulação de pessoas no chamado espaço Schengen por causa da progressão do coronavírus, nomeadamente o aumento de casos em Itália.

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Alguns países da União Europeia estão a considerar repor controlos fronteiriços como medida para travar a progressão do coronavírus, sobretudo desde o aumento de casos em Itália, que já tem mais de duas centenas de pessoas infetadas.

Esta é uma competência soberana dos Estados-membros, mas a Comissão Europeia considerou, segunda-feira, que não há motivos para limitar a circulação de pessoas no chamado espaço Schengen.

"Estamos diante de um quadro que vai evoluindo rapidamente, que é complexo, pelo que quaisquer decisões a tomar devem levar em conta as avaliações do risco, o aconselhamento científico e têm de ser proporcionadas. Neste momento, a Organização Mundial de Saúde não aconselhou a imposição de restrições de viagens ou de comércio", explicou Stella Kyriakides, comissária europeia para a Saúde.

O governo austríaco já anulou a proibição temporária de circulação de comboios entre esse país e a Itália, na passagem de Brenner.

Os especialistas alertam que certas medidas podem causar grandes transtornos sócio-económicos sem terem o efeito desejado em termos de defesa da saúde pública.

"Como é possível verificar, realmente, quem está infetado? As pessoas dizem que se sentem bem e atravessam a fronteira", afirmou Christof Ross, cientista político da Universidade de Flensburg.

"Não pendo que faça sentido impor medidas como a medição obrigatória de temperatura ou algo parecido. Essas medidas tem de ser proporcionais ao nível de ameaça. O coronavírus é, por agora, menos perigoso do que uma gripe sazonal ou ou sarampo, epidemias que são geridas sem ser necessário repor o controlo fronteiriço", acrescentou.

O executivo europeu apoia a gestão da crise que tem sido levada a cabo pelas autoridades italianas, que diz estarem a atuar de forma rápida e transparente face às mais de duas centenas de infetados e seis mortes confirmadas.

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