Centeno: "É imperativo crescer em conjunto"

Centeno: "É imperativo crescer em conjunto"
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A fratura não aconteceu. Mas o consenso anunciado por Mário Centeno não apaga os objetivos de Espanha e Itália.

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Longe da vista, com as incontornáveis reuniões por videoconferência, mas mais perto dos princípios da União Europeia. Aliás, a palavra "união" foi das mais pronunciadas depois de Mário Centeno ter anunciado um acordo "sem precedentes", deixando para trás o tão receado cenário de uma fratura definitiva entre o norte e o sul da Europa face à crise em curso. Afinal, foi possível traçar um consenso.

O presidente do Eurogrupo declarou que "este plano de emergência vai proteger o tecido económico e social numa altura em que se mergulha na recessão. Quando a crise sanitária se atenuar, será necessário estimular a recuperação económica. É imperativo crescer em conjunto e não separadamente".

O plano das três frentes de intervenção, que vão mobilizar então mais de 500 mil milhões de euros, gerou reações mais apaziguadoras do que as vistas recentemente. Mas há questões que subsistem.

O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, veio salientar que se tratou "de um dia marcante para a solidariedade europeia. A Europa está a ser desafiada pela pandemia do novo coronavírus e o que é importante é responder em conjunto, capacitando os países para enfrentar o desafio sanitário, mas também o económico".

Já o controverso ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, escreveu no Twitter que o mecanismo acionado pode ajudar financeiramente países que não têm condições" para garantir "as despesas com a Saúde". E isso é, considera, "justo e razoável".

Na mesma plataforma, o homólogo francês, Bruno Le Maire, falou de "um acordo excelente" e de como "a Europa se mostra à altura da gravidade da crise".

A responsável pelos Assuntos Económicos de Espanha, Nadia Calviño, realçou que foi criada uma "tripla rede de segurança criada para trabalhadores, empresas e Estados", mas já disse também que vai continuar a lutar para que se lance um mecanismo de mutualização de dívida.

E o ministro das Finanças italiano, Roberto Gualtieri, apela para "retirarem os condicionalismos" que ainda estão em cima da mesa e promete bater-se por isso.

Pascal Donoghue, que detém a pasta das Finanças irlandesas, prefere destacar "que este acordo foi feito com uma rapidez e escala que faltaram completamente" na crise que a Europa viveu há uma década.

A jornalista da Euronews, Shona Murray, aponta que os responsáveis das Finanças da União Europeia consideram ter resolvido, por agora, a polémica sobre a alegada falta de solidariedade no bloco europeu. Mas agora a bola passa para os chefes de Estado e de governo que terão de assinar o acordo na próxima semana e continuar a debater o financiamento do fundo de recuperação económica.

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