Covid-19 não trava caça à codorniz em Malta, criticam ativistas

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Direitos de autor Matthew Mirabelli/ EU
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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Apesar das restrições de movimento por causa da Covid-19, o governo de Malta autorizou as três semanas de caça, o que indignou os conservacionistas da Birdlife Malta.

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Aves de rapina terão sido baleadas ilegalmente desde que abriu o período de caça à codorniz em Malta, segundo a associação de defesa das aves Birdlife Malta.

Apesar das restrições de movimento por causa da Covid-19, o governo de Malta autorizou as três semanas de caça, o que indignou os conservacionistas desta organização não-governamental.

“Quando se trata de caça e armadilhas, o governo dá permissão em todos os sentidos, é uma marioneta nas mãos do lóbi da caça. É incrível como os governos do passado e atuais são tão cobardes", disse Mark Sultana, dirigente da Birdlife Malta, em entrevista à euronews.

O governo de Malta disse, em comunicado, que "os caçadores que saírem para o campo sozinhos poderão levar a cabo a atividade", desde que tenham menos de 65 anos, e que "não vai tolerar abusos".

As ilhas deste Estado-membro da União Europeia são um ponto de descanso para as aves migratórias que cruzam o Mediterrâneo mas, em 2015, houve um referendo que permitiu manter a temporada de caça na primavera.

"A caça na primavera, em Malta, é realizada sob critérios estritos, nomeadamente a diretiva de aves da União Europeia e a legislação nacional. Não há outro sítio na Europa que faça melhor aplicação a lei", afirmou David Scallan, secretário-geral da Federação Europeia de Caça e Conservação.

Os próprios serviços governamentais de vigilância veterinária confirmam que todos os dias é abatida, pelo menos, uma ave de forma ilegal. Os conservacionistas insistem que os números são muito maiores.

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