Tráfego diário de passageiros no Charles de Gaulle, em Paris, desceu de 220 mil para 12 mil.
Abriu-se um novo capítulo no maior aeroporto da Europa, o Charles de Gaulle, em Paris. Controlos de temperatura corporal, viseiras, intervenção regular de equipas de desinfeção - são algumas das medidas destinadas a dar um sentimento de segurança aos viajantes.
O diretor de operações deste aeroporto, Daniel Mériguet, salienta exatamente isso: "o importante é que as pessoas tenham vontade de viajar de avião novamente". E, para isso, são necessárias "normas sanitárias rigorosas".
Os passageiros que desembarcam em Paris devem atravessar um sistema de câmaras térmicas. Se houver algum registo de temperatura acima dos limites, o teste volta a efetuar-se. A manter-se um número excessivo, o passageiro será encaminhado para os serviços médicos do aeroporto, como nos explica Gautier Martin, do departamento operacional. Se necessário, confirma-se com um teste de despistagem.
Já nas partidas, o distanciamento é a palavra de ordem. Há marcas no chão e avisos por todo o lado. Mas a verdade é que, por agora, estes terminais ainda estão quase vazios. Aliás, de um tráfego diário de 220 mil passageiros, a curva desceu para os 12 mil.
Daniel Mériguet dá o exemplo de um dos terminais, que tem apenas uma das três salas de embarque a funcionar atualmente. Resta esperar, neste caso, "até que haja mais passageiros em voos internacionais".
Nos controlos de segurança, os tabuleiros são desinfetados a cada passagem.
O jornalista Ryan Thompson aponta que, "apesar de todas estas medidas, as quarentenas obrigatórias podem dissuadir muitos passageiros. Alguns países determinam quarentenas de 10 ou 14 dias à chegada". França pretende, pelo contrário, dinamizar a circulação aérea.
No entanto, neste momento, há ainda procedimentos mais longos. Em alguns voos de longo curso, os viajantes devem também prestar informações sobre atividades e contactos sociais recentes.