Morreu Juan Marsé (1933-2020), o Prémio Cervantes de 2008

Juan Marsé no dia em que que recebeu o Prémio Cervantes 2008
Juan Marsé no dia em que que recebeu o Prémio Cervantes 2008 Direitos de autor Susana Vera/Pool via AP, Arquivo
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De  Francisco Marques
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O escritor catalão têm vários livros traduzidos e editados em Portugal como "O Feitiço de Xangai" ou "O Amante Bilingue". Sofria algum tempo de uma insuficiência renal

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Morreu Juan Marsé, uma das figuras chave da literatura de Espanha e, de acordo com o jornal El País, aquele que melhor descreveu ao mundo a Barcelona do pós-guerra.

Com vários livros traduzidos em português, como "O Feitiço de Xangai", "O Amante Bilingue", a "Caligrafia dos Sonhos" ou "Essa Puta Tão Distinta", Marsé morreu sábado à noite num hospital de Barcelona, revelou já este domingo de manhã a agência Balcells.

Juan Marsé venceu vários prémios literários. O primeiro, em 1959, o "Sésamos de Cuentos". Esteve várias vezes apontado como um dos favoritos ao Cervantes, mas apenas viria a ter ao peito o mais alto galardão da literatura espanhola em abril de 2009 depois de ter colecionado outras 15 distinções e não só em Espanha

Recebeu o Cervantes 2008 das mãos do então rei João Carlos e dois anos depois viria a ganhar também o Prémio Internacional da Fundação Cristóbal Gabarrón de Letras.

Teve vários livros adaptados ao cinema e chegou, ele mesmo, a ser representado no grande ecrã, no filme "O Cônsul de Sodoma" (2010), de Sigfried Monleón, sobre a vida do poeta Jaime Gil de Biedma

Fiz-me escritor porque tenho um desajuste com a realidade que me rodeia, com o meu país, com a minha cidade, com a minha época.

Isso leva-me a encontrar na literatura um mundo de experiências que no tive, mas que sonhei.
Juan Marsé
Escritor espanhol (em 2009)

De acordo com a imprensa espanhola, Juan Marsé, que nasceu Juan Faneca Roca, em Barcelona, a 08 de janeiro de 1933, não terá resistido a complicações de uma insuficiência renal de que sofria há algum tempo. Tinha 87 anos

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