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4ª edição do Festival de Cinema de El Gouna chega ao fim

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Filme "Quo Vadis, Aida?", realizado por Jasmila Žbanić, recebeu uma Estrela de Ouro. Realizadora tunisina Kaouther Ben Hania também foi distinguida com a película "The Man Who Sold His Skin" (O homem que vendeu a pele).

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Sob fortes medidas sanitárias, em nome do respeito pelas normas em tempo de pandemia, a 4ª edição do Festival de Cinema de El Gouna, no Egito, chegou ao fim com o mesmo glamour e sofisticação de sempre na costa do mar Vermelho.

Com menos estrelas a conseguirem viajar para o país, o evento de nove dias procurou, mesmo assim, alimentar a cultura que permite aos realizadores transformar ideias em realidade.

No total foram exibidos 63 filmes, 18 curtas-metragens e uma dezena de documentários de diferentes partes do mundo, dando-se eco à diversidade.

Este foi o primeiro festival de cinema a decorrer no Médio Oriente em 2020. O fundador, Naguib Sawiris, explicou a mensagem contida na realização do mesmo: "A decisão de fazer o festival apoiou-se principalmente no facto de que queremos que a vida continue. É uma mensagem de esperança, de felicidade e de desafio. O cinema é isso tudo."

Na cerimónia de encerramento, o filme "Quo Vadis, Aida?", realizado por Jasmila Žbanić, recebeu uma Estrela de Ouro. Conta a história de Aida, uma tradutora das Nações Unidas, que tenta salvar a família durante a guerra da Bósnia.

A realizadora tunisina Kaouther Ben Hania também triunfou com o prémio de melhor filme árabe graças à película "The Man Who Sold His Skin" ("O homem que vendeu a pele", em tradução livre). Conta a história de um refugiado sírio que se torna numa tela viva tatuada na Europa.

"Estou realmente feliz por ter conquistado este prémio num país árabe, porque o filme fala sobre um refugiado na Europa, de um ponto de vista árabe, o que não é comum", sublinhou, em em entrevista à Euronews, Kaouther Ben Hania

Pela passadeira vermelha desfilaram incontáveis estrelas. Paralelamente decorreu um evento da plataforma CineGouna para financiar e apoiar jovens realizadores. Foram escolhidos projetos com temas que versam sobre luta política, humanidade e empoderamento feminino na região do Médio Oriente na esperança de se fazerem ouvir novas vozes e desenvolverem os realizadores do futuro.

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