Mercado de Natal de Budapeste reinventa-se

Comércio tradicional passa a plataforma online
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Organizadores criaram plataforma online para vender produtos do comércio tradicional.

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Não é propriamente uma tradição antiga - na verdade, a primeira vez que aconteceu foi em 1998 -, mas rapidamente o mercado de Natal de Vörösmarty se tornou numa das principais atrações de Budapeste nesta altura do ano. Só que as circunstâncias atuais não permitem que se realize presencialmente. A solução passa por organizar as vendas online.

Ákos Kaszap é ceramista e participa no mercado de Vörösmarty há oito anos. Tendo em conta os produtos específicos que vende, lamenta que os clientes percam a experiência de interagir com os materiais antes de decidirem comprar ou não.

Segundo Ákos, a ausência de contacto direto com as pessoas e de um eventual conselho ou outro vai dificultar a adaptação dos cerca de 120 artesãos que costumam marcar presença no evento de Natal. A feira decorre normalmente entre meados de novembro e o início de janeiro, constituindo um balão de oxigénio ao nível financeiro para muitos destes comerciantes.

Há cinco meses que Ákos trabalha nos objetos que vai colocar à venda nesta altura. Dada a amostra até agora, calcula que vá fechar o ano com perdas na ordem dos 70 a 80 por cento, apesar de salientar também haver um corte nos custos, uma vez que produz menos.

Os organizadores do mercado de Natal criaram um site que agrupa produtos que são habitualmente vendidos no evento. Csaba Faix, responsável pela organização, afirma que "é preciso tentar compensar a situação dos vendedores que praticamente desde o Natal passado não têm forma de escoar o seu trabalho".

Foi também lançada uma campanha para que as pessoas ofereçam como prenda de Natal os produtos de Vörösmarty. 

Perante uma praça vazia, por onde passavam antes 800 mil pessoas neste período, a jornalista Olivia Harangozó aponta que muitos comerciantes aguardam com expetativa o que irá acontecer noutras ocasiões festivas como a Páscoa.

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