Sul-coreana LG deixa de fabricar telemóveis

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Direitos de autor AP Photo/Ahn Young-joon
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De  Francisco Marques
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Fabricante põe fim a pouco mais de 25 anosde investimento num setor onde nunca se conseguiu afirmar desde a chegada dos "smartphones" e onde acumulava prejuízos

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A sul-coreana LG vai deixar de fabricar telemóveis para passar a concentrar-se noutros mercados eletrónicos emergentes. É a primeira grande fabricante mundial de "smartphones" a abandonar a competição do setor.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a fabricante asiática justificou o fim da linha dos telemóveis da marca como "uma saída estratégica de um mercado incrivelmente competitivo", revela a agência sul-coreana de notícias Yonhap.

Os analistas do mercado eletrónico veem a decisão da LG como uma forma de a fabricante sul coreana se poder focar noutros setores emergentes como o dos componentes eletrónicos para automóveis, as casas inteligente ou a inteligência artificial.

A fabricante já havia revelado antes pretender revalorizar a respetiva linha de telemóveis, aproveitando o “know how” adquirido no setor dos “smartphones” para começar a desenvolver soluções já a pensar na futura rede 6G, que se prevê de grande importância na geração tecnológica em desenvolvimento apelidada de "internet das coisas", onde todos os equipamentos eletrónicos em uso estarão conetados em rede.

A decisão agora anunciada pela LG põe fim a anos de desempenho frustrante no mercado dos telemóveis, com prejuízos acumulados desde o final de 2015, que a Yonhap estima terem chegado no ano passado aos 5 biliões de won (mais de €3,7 mil milhões).

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Posted by LG전자 on Sunday, April 4, 2021

O investimento da LG nos telemóveis começou em 1995 e, com este fim anunciado da linha de montagem, durou pouco mais de 25 anos.

Chegou a ser a terceira maior fabricante do mundo, mas a aposta nos “smartphones” em 2010 ficou sempre aquém da concorrência, em especial da rival sul-coreana Samsung e da norte-americana Apple.

Desde 2019, a quota da LG caiu para menos de dois por cento do mercado dos telemóveis.

Outras fontes • Yonhap

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