Eurodeputados exigem novas regras na escala Nutriscore

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De  Isabel Marques da SilvaSusan Dabbous
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A escala faz parte da estratégia "do prado para o prato" da União Europeia, para promover uma agricultura ambientalmente mais sustentável e regimes alimentares mais saudáveis.

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A verde-escuro e com letra A estão os mais saudáveis e, no outro extremo, a vermelho e com letra E, os menos recomendáveis. Nutriscore é uma escala sobre o valor nutricional dos alimentos comercializados na União Europeia e há classificações que causam polémica.

Considerada uma das gorduras mais saudáveis, o azeite recebeu a letra D, o que espantou alguns eurodeputados.

“O que defendemos, e aquilo pelo qual lutaremos no Parlamento Europeu, é excluir a escala Nutriscore da rotulagem de produtos com um único ingrediente, tais como o azeite, o mel, o presunto. Também queremos que sejam excluídos os produtos com denominação de origem protegida e com indicação geográfica protegida, já que os consumidores e governos reconhecem que são de grande qualidade e representativos da cultura de muitos Estados-membros", explicou Adrián Vásquez Lázara, eurodeputado liberal espanhol.

Apesar de ser usada, voluntariamente, em apenas seis países, a escala deverá ser obrigatória em toda a União Europeia, a partir do próximo ano.

Uma questão de ponderação

Serge Hercberg, professor de nutrição da Universidade Paris 13 e responsável pela criação do Nutriscore, defende que há muita ponderação neste elemento da rotulagem: " Leva em consideração os elementos desfavoráveis do ponto de vista nutricional, tais como o nível calórico, a gordura saturada, o sal e o açúcar".

"Mas também avalia os ingredientes positivos tais como a inclusão de frutas, vegetais, leguminosas, frutos secos, fibras, proteínas, vestígios de azeite, de óleo de colza ou de outros. É o equilíbrio entre os elementos negativos e positivos que ditam a classificação final e que ajuda o consumidor, de forma muito simples, a avaliar a qualidade nutricional global dos alimentos", acrescentou o especialista, em entrevista à euronews.

Uma boa alimentação pode ajudar a diminuir a incidência de várias doenças, desde o cancro à diabetes, que causam alta mortalidade na Europa.

A escala faz parte da estratégia "do prado para o prato" da União Europeia, para promover uma agricultura ambientalmente mais sustentável e regimes alimentares mais saudáveis.

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