Continuam os protestos contra a polémica construção de uma ilha artificial no porto da capital dinamarquesa
Continuam os protestos contra a construção de uma ilha artificial no porto de Copenhaga. A ilha terá três quilómetros quadrados, uma estrada circular, um metro e vai acolher cerca de 35 mil pessoas.
O projeto "Lynetteholm" foi aprovado na última sexta-feira pelo parlamento dinamarquês. Os defensores da ilha artificial dizem que será construída para proteger Copenhaga das inundações. Mas os ambientalistas falam em “lavagem verde”.
Sebbe Selvig, porta-voz do movimento "Stop Lynetteholm", diz que não existe um plano global para avaliar o impacto no ambiente e lembra a avaliação negativa dos peritos.
Ao contrário de Selvig, o ministro dos Transportes da Dinamarca destaca a “avaliação precisa dos especialistas” e aplaude o “processo minucioso no parlamento”.
A diretora da “By & Havn”, a empresa responsável pelo desenvolvimento do porto, não tem dúvidas sobre “a necessidade de um projeto que funcione como uma barreira”, diz que o nível do mar está a subir e que é preciso proteger a capital
A construção da ilha artificial no porto de Copenhaga deve estar concluída em 2070.
Tribunal Europeu de Justiça
Os ambientalistas já apresentaram uma queixa junto do Tribunal Europeu de Justiça. O principal argumento é que apenas a construção da ilha, e não a construção das casas, edifícios, metro e estrada circular, foi avaliada ambientalmente.
Temem o possível impacto na qualidade da água e nos ecossistemas, bem como o impacto ambiental da construção. Uma avaliação ambiental recente, indica que durante os próximos dez anos serão necessárias 350 viagens diárias de camiões para transportar as matérias-primas.