Eurodeputados defendem mais pressão sobre regime de Lukashenko

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De  Pedro Sacadura
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Sanções contra a Bielorrússia e caso do voo desviado da Ryanair estiveram em debate na sessão plenária do Parlamento Europeu

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Mais sanções, ainda mais contundentes, contra a Bielorrússia, a economia do país e as fontes de financiamento do regime de Aleksandr Lukashenko.

O apelo dos eurodeputados ecoou durante o debate, no Parlamento Europeu, sobre a reação da União Europeia ao desvio de um voo da Ryanair pela Bielorrússia e ao rapto de dois civis a bordo.

Para o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, o aparecimento de uma das vítimas, o jornalista opositor do regime bielorrusso Roman Protasevich na televisão estatal do país foi como um murro no estômago: "A confissão forçada na televisão estatal é outro exemplo de violações flagrantes dos direitos humanos fundamentais cometida pelo regime de Aleksandr Lukashenko. Foi horrendo ver esta imagem destas pessoas detidas, a chorar."

Apesar de o Conselho Europeu mostrar unidade na rápida adoção de sanções no rescaldo do ataque, há quem diga que foi pouco. E que medidas mais musculadas contra a Bielorrússia e o aliado de todas as horas - a Rússia - deveriam ter sido adotadas muito antes de Lukashenko se atrever a perseguir civis no ar.

"Para este tipo de violação, claro que a reação foi adequada. Penso que a União Europeia não fez o suficiente antes do episódio do desvio do avião. A oposição bielorrussa sobre pressão, aumentou tudo nos últimos anos. Penso que a Europa não fez o suficiente nesse sentido. Deu a Lukashenko a possibilidade de ir um passo mais além", sublinhou, em entrevista à Euronews, o eurodeputado estónio Riho Terras, do Grupo do Partido Popular Europeu.

Entretanto, o regime bielorrusso decretou uma lei que prevê penas de até três anos de prisão para quem participar em mais de duas manifestações não autorizadas.

A União Europeia fala em pelo menos 450 presos políticos no país, além de Roman Protasevich e da companheira Sofia Sapega.

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