Greenpeace ameaça processar VW, BMW e Daimler

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Ambientalistas exigem que fabricantes de automóveis deixem de fabricar veículos com motores de combustão até 2030

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A Daimler rejeitou a exigência da Greenpeace e do grupo Deutsche Umwelthilfe para "desistir" de produzir e vender veículos com motor de combustão até 2030.

Em comunicado, a Daimler afirmou estar empenhada nos objetivos do acordo climático de Paris, de 2015, e pretende tornar toda a sua frota automóvel neutra em termos climáticos até 2039, mais de uma década antes das atuais regras da União Europeia o exigirem.

No documento, a fabricante alemã de automóveis declarou que não vê "base nenhuma" para as exigências dos ambientalistas. Se houver um processo judicial, utilizaremos todos os meios legais para nos defendermos'', disse a empresa.

A Greenpeace e o Deutsche Umwelthilfe entrarão com ações judiciais contra a Volkswagen, BMW e Mercedes-Benz, da Daimler, e a empresa de petróleo e gás Wintershall Dea caso não acedam às exigências e intensifiquem as suas políticas de combate às alterações climáticas.

O porta-voz do grupo Deutsche Umwelthilfe, Matthias Walter, declarou:

"Entre outras coisas, exigimos que as empresas de automóveis abandonem gradualmente o motor de combustão até 2030, e que Wintershall Dea deixe de desenvolver novos campos de petróleo e gás até 2026, o mais tardar".

"Estabelecemos um longo prazo na nossa carta de reclamação. A VW tem até ao final de outubro para dizer se está preparada para seguir por este caminho. Somos da opinião de que uma discussão séria pode e deve ter lugar. Se não for emitida uma declaração satisfatória de descontinuidade em conformidade, apresentaremos uma ação judicial", garantiu a advogada da Greenpeace, Roda Verheyen.

Os fabricantes de automóveis argumentam que as empresas estão vinculadas pelas mesmas regras que os governos quando se trata de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para combater as alterações climáticas.

Os mesmos advogados processaram com êxito o Governo alemão no início deste ano, forçando-o a ajustar os seus planos de redução de emissões para evitar transferir mais encargos para as gerações mais jovens.

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