Vinho ajuda turismo global a recuperar

Vinhedo na Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, Portugal
Vinhedo na Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, Portugal Direitos de autor Ricardo Figueira / Euronews
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De  Ricardo Figueira
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Portugal foi palco da quinta Conferência Global do Enoturismo da OMT, primeira desde a pandemia. As conclusões são de esperança,.

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Vinho é sinónimo de alegria, de amizade, de celebração. Nos últimos tempos, tem sido também sinónimo de crescimento no turismo. Sobretudo com o setor a recuperar de um dos piores momentos de sempre, e com as pessoas a procurar cada vez mais destinos rurais.

A Organização Mundial do Turismo(OMT) escolheu Monsaraz, no Alentejo, para a quinta Conferência Global do Enoturismo, primeira desde a pandemia.

"O enoturismo está a tornar-se muito popular. Mais pessoas estão a viajar para descobrir as rotas do vinho e é aqui que criamos novos produtos e novas linhas-mestras. Estamos a criar novas tendências e uma delas, que começámos há cinco anos, é o desenvolvimento do enoturismo", explica o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.

A secretária de Estado do Turismo de Portugal, Rita Marques, diz que esta é uma oportunidade que não se pode perder: "As tendências de viagem alteraram-se com esta pandemia. Depois destes tempos de confinamento, procuramos espaços abertos, espaços como este, idílicos, como encontramos aqui em Monsaraz, no nosso Alentejo. Espaços rurais. Essa tendência de procura irá manter-se e o enoturismo casa muito bem com estes territórios".

As tendências de viagem mudaram com a pandemia. Procuramos mais espaços abertos e o enoturismo casa bem com esses territórios.
Rita Marques
Secretária de Estado do Turismo (Portugal)

A recuperação já se faz sentir em países que, além de produtores de vinho, estão também muito dependentes do turismo. São os casos de Portugal, Grécia ou a Itália, que acolhe a próxima conferência.

"Contra todas as expectativas, o turismo está a aguentar-se bem. O turismo especializado, como o enoturismo, está a contribuir muito para isso. Falemos de números: Uma propriedade vinícola, uma das mais prestigiadas, em Santorini, teve quase um milhão e 200 mil visitantes em 2019. Este ano, teve quase metade desse número [apesar do contexto pandémico, o que é positivo], conta a vice-ministra do Turismo da Grécia, Sofia Zacharaki.

O homólogo italiano congratula-se com os números, mas pede mais organização: "Já no ano da pandemia, no ano passado, houve um crescimento. Este ano, houve um aumento de 17% na procura da gastronomia e do enoturismo. É um setor no qual apostamos muito, mas falta ainda um pouco de organização Se trabalharmos bem na organização, tanto a nível digital como da promoção e da integração na oferta turística, conseguiremos dar o salto", diz Massimo Garavaglia.

Num ponto, todos os intervenientes estão de acordo: Quanto mais cresce o número de turistas, mais crescem as exportações de vinho, sobretudo para os países de onde os visitantes são oriundos.

Um dos principais protocolos assinados aqui é aquele que une a Organização Mundial do Turismo à Great Wine Capitals, rede que agrupa as principais cidades e regiões vitivinícolas do mundo. Um acordo que vai permitir ao enoturismo continuar a prosperar e ser um dos motores da tão desejada recuperação do turismo mundial.

Nome do jornalista • Ricardo Figueira

Editor de vídeo • Ricardo Figueira

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