Os programas eleitorais dos favoritos a ganhar eleições alemãs

Três partidos lideram as sondagens desde maio na corrida ao Bundestag.
O democrata-cristão Armin Laschet quer focar-se em "ferramentas eficientes para a economia de mercado", de forma a cumprir as metas climáticas de Paris.
A CDU / CSU prometeu abolir a taxa de "sobretaxa de solidariedade", uma medida que vai beneficiar principalmente os que ganham mais.
A principal diferença entre o SPD e a CDU é o papel do estado.
O candidato do SPD e ministro das Finanças, Olaf Scholz, quer acabar com as restrições à imigração, uma pensão mínima estável e um salário mínimo de 12 euros por hora.
Scholz prometeu regressar o mais rapidamente possível às regras orçamentais consagradas na constituição da UE, mas os conservadores acusaram-no de querer prolongar o mecanismo de solidariedade europeu e transformar a União Europeia numa "Europa da dívida".
Para os Verdes, o acesso à internet e à digitalização estão intimamente ligados aos direitos democráticos e à participação. O seu programa põe a ênfase no desenvolvimento de infraestruturas.
A sua candidata, Annalena Baerbock, pede um novo começo e uma mudança de política, com um afastamento mais cedo do carvão como fonte de eletricidade.
Parece evidente que o SPD ou a CDU vão liderar o futuro Governo alemão, mas as sondagens mostram que vão precisar de dois parceiros. As coligações tidas comos mais prováveis unem a CDU, o SPD e os Verdes, ou a CDU, SPD e o FDP ou ainda o SPD, os Verdes e o FDP.
Esta última é a mais provável, já que os liberais são mais pragmáticos. Se se confirmar, o partido de Christian Lindner vai desempenhar um papel crucial e alguns já o vêem como o próximo ministro das Finanças.