FDP e Verdes posicionam-se para escolher o futuro chanceler
A Alemanha está habituada a governos de coligação, mas as negociações para a próxima formação não são - como se previa - fáceis. Os **social-democratas **ganharam as eleições por uma margem tão estreita que o bloco derrotado da CDU não assumiu a derrota.
A vitória do SPD e de Olaf Scholz carrega nos ombros a expectativa de um novo fôlego à à esquerda e aos partidos social democratas da Europa. Mas a direita democrata cristã quer manter-se no círculo de poder. Armin Laschet, líder da CDU, tem repetido que as eleições não deram um mandato claro a qualquer partido. As duas principais formações políticas alemãs ficaram abaixo dos 30% de votos - o pior resultado desde 1949.
Impostos, despesas e alterações climáticas são temas-chave para um entendimento. Desde domingo à noite, o xadrez político joga-se nos bastidores. Os Verdes são agora a terceira força política e determinantes para uma maioria, mas os liberais do FDP também querem ter uma palavra a dizer.
"Os partidos que quiseram uma mudança do status quo nos últimos anos foram os Verdes e o FPD. E é por isso que faz sentido que estes dois procurem primeiro conversações um com o outro para ver se, apesar de todas as suas diferenças, podem tornar-se um centro progressista de uma nova coligação," afirma Christian Lindner, líder do Partido Democrata Liberal.
Uma sondagem publicada no tablóide aemão Bild diz que 37% dos alemães prefere a chamada coligação semáforo: vermelho-amarelo-verde, as cores do SPD, do FDP e dos Verdes.
Para já, todos os cenários estão em aberto. Há quatro anos, e após cinco meses de negociações, foi um entendimento entre a CDU e o SPD que viabilizou o governo.