5G obriga a cancelamento massivo de voos para os EUA

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Direitos de autor Kathy Willens/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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Impacto da rede 5G nos altímetros dos aviões ameaça lançar o caos no setor

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Para muitas companhias aéreas a operar voos para os Estados Unidos, como a Emirates ou a Japan Airlines, só houve duas soluções esta quarta-feira: cancelar os trajetos, pura e simplesmente, ou mudar de avião, quando possível.

Isto porque, ao que tudo indica, o Boeing 777 será mais vulnerável aos efeitos da rede 5G, aqueles que muita polémica têm provocado nos últimos dias.

A entidade reguladora americana (FAA) pediu às operadoras que adiem a entrada em serviço desta tecnologia.

"Temos o espaço aéreo mais seguro do mundo. Estamos à procura de uma solução juntamente com os reguladores, as transportadoras e os fabricantes de equipamentos", apontou Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca.

Em causa está especificamente a possível interferência da 5G num dos principais instrumentos de bordo.

Segundo David Koenig, especialista em aeronáutica, "os altímetros operam à distância, recorrem a um espetro de frequências de rádio muito próximo da chamada banda C, que é usada nos novos serviços 5G".

Quanto mais elevada for a posição da frequência, mais rápido será o serviço providenciado. E as torres nas zonas rurais do território americano são autorizadas, de facto, a emitir em níveis mais altos.

Isto explica em parte porque é que na Europa a 5G já está implementada em alguns países sem que tenha surgido como problema o seu uso nas imediações dos aeroportos. Em dezembro, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) anunciou que os estudos conduzidos até agora não identificam riscos no espaço europeu, onde as frequências podem oscilar entre 3.4 e 3.8 GHz, enquanto que nos Estados Unidos essa janela está entre 3.7 e 3.98.

Para poder utilizar esse mesmo espetro, as operadoras americanas gastaram, no ano passado, várias dezenas de milhares de milhões de dólares.

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