EUA e China discutem a invasão russa em Roma

Num mundo dominado por três superpotências, se uma passa das marcas, as restantes são obrigadas a juntar-se para tentar resolver a situação. Foi o que fizeram Estados Unidos e China, esta segunda-feira em Roma.
A reunião entre Jake Sullivan, conselheiro para Segurança Nacional norte-americano, e Yang Jiechi, chefe da diplomacia do Partido Comunista chinês, durou oito horas e terminou sem declarações.
O objetivo do encontro passava por discutir as consequências da invasão russa da Ucrânia para a segurança regional e global. A China mantém uma posição neutra mas é claramente um interlocutor chave. A administração Biden tenta evitar um apoio da China a Moscovo e quer esclarecer uma posição que tem sido ambígua por parte de Pequim.
Este encontro aconteceu poucas horas depois de dois acontecimentos cruciais, o ataque russo a uma base militar a poucos quilómetros da Polónia, território da NATO, e também a notícia que sugeria que a Rússia tinha pedido apoio militar da China, desmentida por ambas as partes.
Antes do encontro, Jake Sullivan tinha feito saber à China as consequências que teriam de enfrentar caso oferecessem ajuda à Rússia. Roma assume-se como um palco decisivo para tentar encontrar uma solução diplomática capaz de terminar o conflito.