Marcelo e Nyusi confrontam posições em Moçambique sobre a guerra na Ucrânia

Dar expressão à excelência da atual relação entre Portugal e Moçambique é o mote da visita de três dias do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ao homólogo Filipe Nyusi, os mais altos representantes de dois países com diferentes posições diplomáticas sobre a invasão russa na Ucrânia.
O chefe do Estado português aterrou esta quinta-feira em Maputo e, ao lado do Presidente moçambicano, anunciou logo para "muito breve" uma cimeira bilateral entre os respetivos governos.
Esta cimeira luso-moçambicana esteve marcada para o início de novembro, mas teve de ser adiada devido ao chumbo do orçamento de estado e consequente dissolução do Parlamento português.
A tomada de posse do novo executivo português está prevista para 29 de março e Nyusi conta receber o primeiro-ministro António Costa pouco depois.
A guerra na Ucrânia foi abordada entre Marcelo e Nyusi.
Moçambique absteve-se na condenação da Rússia pelas Nações Unidas devido à invasão da Ucrânia. Portugal votou a favor dessa condenação.
O Presidente português disse respeitar o diferente ponto de vista e preferiu salientar a convergência com Nyusi no desejo de se alcançar rapidamente a paz na Ucrânia.
Sem se comprometer, o líder moçambicano encorajou o diálogo entre Kiev e Moscovo e assumiu-se contra a ideia de que "morrer é bom".
Para lá destas primeiras declarações, Marcelo vai manter-se em Moçambique até domingo e com uma agenda repleta de eventos, o que motivou inclusive uma queixa de Nyusi à organização protocolar desta visita por não permitir tempo sequer