"É importante dizer aos russos que não têm aliados nesta guerra contra a Ucrânia"

Linda Thomas-Greenfield entrevistada por Ronald Lwere Kato
Linda Thomas-Greenfield entrevistada por Ronald Lwere Kato Direitos de autor Africanews
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De  Ronald Lwere Katocom tradução de Francisco Marques com Africanews
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Embaixadora dos EUA nas Nações Unidas falou com a Africanews sobre o trabalho em Nova Iorque junto dos parceiros africanos para aumentar a pressão sobre o Kremlin devido à invasão da Ucrânia

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Os Estados Unidos estão a tentar convencer os países africanos com assento nas Nações Unidas a também pressionarem a Rússia para parar a invasão na Ucrânia.

Em entrevista à AfricaNews, a embaixadora norte-americana na ONU considerou todas as vozes importantes para mostrar a Vladimir Putin que ninguém o apoia na agressão em curso e mostrou o desejo de conseguir convencer pelo menos os 17 países africanos que se abstiveram de condenar a Rússia a assumirem declaradamente a defesa da soberania do povo ucraniano.

"A voz de cada líder, de cada país, a pedir aos russos para acabar com esta guerra é importante. Nenhuma voz é demasiado pequena. Nenhum presidente é menos importante neste esforço. É por isso que em Nova Iorque, na Assembleia Geral, o voto africano é tão importante para que possamos dizer aos russos que eles não têm aliados nesta guerra de agressão contra a Ucrânia", afirmou Linda Thomas-Greenfield.

A Assembleia geral da ONU votou a 2 de março uma resolução para tentar travar a guerra na Ucrânia. A resolução exigia a retirada incondicional da Rússia do território ucraniano e foi aprovada com 141 votos contra cinco.

Os países africanos revelaram-se divididos na votação: 17 abstiveram-se, incluindo Angola e Moçambique, e a Eritreia tomou mesmo posição contrária, colocando-se do lado do Kremlin, que recusa ceder à exigência da larga maioria da ONU.

"Estou a trabalhar com os embaixadores africanos todos os dias. Há três membros africanos eleitos no Conselho de Segurança: Gana, Quénia e Gabão. Falo com eles sobre estes temas regularmente, mas também me encontro e converso com outros representantes africanos permanentes para os encorajar a também falarem deste problema", revelou a embaixadora dos EUA na ONU.

O trabalho de bastidores de Linda Thomas-Greenfield prossegue em Nova Iorque.

A embaixadora tenta recolher mais apoio para a pressão a ser exercida sobre Vladimir Putin para recuar na invasão à Ucrânia e parar o banho de sangue a que se tem assistido e que já levou milhões de pessoas a fugir de um conflito que ameaça poder vir a tornar-se na terceira Guerra Mundial.

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