Rússia anuncia lançamento de míssil hipersónico contra Ucrânia

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Direitos de autor Andrew Marienko/Associated Press
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O míssil "Kinzhal" ("adaga", em russo) supera múltiplas vezes a velocidade do som e pode atingir um alvo com precisão a uma distância de até 2.000 quilómetros.

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A Rússia afirma ter realizado o primeiro ataque com um míssil hipersónico contra a Ucrânia. A informação foi divulgada este sábado pelo Kremlin através der um porta-voz do ministério russo da Defesa.

O míssil "Kinzhal" ("adaga", em russo) supera múltiplas vezes a velocidade do som e pode atingir um alvo com precisão a uma distância de até 2.000 quilómetros.

Os locais do ataque não foram revelados, mas entre as imagens partilhadas, diz Moscovo, estão as de um ataque de alta precisão a um armazém subterrâneo de mísseis e munições de aviação das forças ucranianas.

Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, enumerou através de um vídeo tornado público, os alegados sucessos da intervenção na Ucrânia, afirmando que "no total, desde o início da operação militar especial, foram destruídos 196 veículos aéreos ucranianos não tripulados, 1.438 tanques e outros veículos de combate blindados, 145 lança-mísseis múltiplos, 556 peças de artilharia de campo e morteiros, bem como 1.237 unidades de veículos militares especiais".

Ucrânia vive mais "um dia difícil"

Através do Facebook, Oleksandr Senkevich, autarca de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, fez o relato do que chamou "um dia difícil", com várias aldeias da região tomadas pelo exército russo e a cidade debaixo de fogo. 

De acordo com os meios de comunicação locais, as forças russas levaram a cabo um ataque aéreo em larga escala em Mykolaiv, matando pelo menos 40 soldados ucranianos.

O conselheiro do presidente ucraniano, Oleksiy Arestovych, fez, este sábado, o ponto de situação no terreno: "há batalhas tácticas de importância local e o foco principal do inimigo continua a ser o mesmo. Ele dirige-se para: Izyum, Volnovakha, Mariupol, Kherson, Mykolaiv. De acordo com dados preliminares, o comandante do 8º Exército Militar do Distrito Militar do Sul da Federação Russa foi morto".

Depois de a Ucrânia ter admitido perder "temporariamente" o acesso ao mar de Azov, a luta, em Mariupol, trava-se pelo controlo da fábrica de aço Azovstal, uma das maiores da Europa.

A cidade de Mariupol é um dos palcos mais sangrentos do conflito, onde, segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, também este sábado, vai ser aberto um corredor humanitário. 

A iniciativa resulta de um acordo com a Rússia que vai permitir outras nove passagens na Ucrânia para a retirada de civis, várias na região de Kiev e de Luhansk.

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