Morreu Vivienne Westwood, a "rainha da moda punk"

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De  Euronews  com LUSA
Vivienne Westwood
Vivienne Westwood   -  Direitos de autor  Michel Euler/AP2005

Vivienne Westwood morreu, esta quinta-feira, em Inglaterra, aos 81 anos. De "rainha do punk" a dama da corte inglesa, a criadora britânica de moda ficou conhecida desde a década de 1970 por transformar a provocação em arte e trazer o ativismo político aos desfiles.

“Vivienne Westwood morreu hoje, pacificamente e rodeada pela família, em Clapham, na zona sul de Londres. O mundo precisa de pessoas como Vivienne para fazer uma mudança para melhor”, lê-se numa publicação partilhada na conta oficial da Vivienne Westwood no Twitter.

Nascida 08 de abril de 1941, em Inglaterra, cedo Westwood se tornou na mão por trás do vestuário andrógino e planfetário que a popularizaram, mantendo sempre uma atitude irreverente contra o sistema. 

Em 1971, abriu a sua primeira loja, na King’s Road, em Londres, com o namorado da altura, Malcolm McLaren, agente da banda Sex Pistols. A loja, inicialmente batizada Let It Rock, acabou por mudar de nome várias vezes ao longo dos anos 1970: Too Fast to Live, Too Young to Die, Sex e Seditionaries foram outros nomes que teve o negócio.

Ao longo da carreira acabou por desenvolver figurinos para a banda Sex Pistols, nomeadamente a famosa t-shirt com a frase "God save the Queen", onde os olhos e a boca da monarca surgiam tapadas. 

A provocação não a impediu de ser condecorada pela rainha Isabel II, em 1992, com a Ordem do Império Britânico, pelo trabalho desenvolvido na indústria da moda e nas artes, e, em 2006, com o título de Dama. 

Recentemente Westwood era defensora de uma compra e utilização mais responsáveis de roupa, de forma a proteger o planeta, tendo-se mostrado crítica da "fast fashion", a moda de consumo rápido.