Tumultos em França levam à detenção de mais de 800 pessoas

Manifestantes pedem justiça para Nahel
Manifestantes pedem justiça para Nahel Direitos de autor BERTRAND GUAY/AFP
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De  Euronews
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Violência cresce na terceira noite de protestos pela morte do jovem Nahel. 200 polícias ficaram feridos

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Sobem os números oficiais da terceira noite de violência em França: 875 detenções e cerca de 200 polícias feridos. Balanço da vaga de contestação desencadeada pela morte de Nahel, um adolescente de 17 anos abatido pelas autoridades em Nanterre, nos arredores de Paris.

A maioria dos detidos são menores entre os 14 e os 18 anos e mais de metade das interpelações ocorreram na área metropolitana da capital.

Incêndios, barricadas improvisadas e pilhagens. O cenário de caos repetiu-se em várias cidades francesas. 

Nahel foi baleado por um agente da guarda quando tentava fugir de um controlo por não ter documentos. O agente foi suspenso e está em prisão preventiva, mas a onda de indignação rapidamente ganhou contornos violentos.

As autoridades francesas decretaram o recolher obrigatório nalgumas regiões e mobilizaram mais de 40 mil agentes para tentar controlar as ruas.

Esta quinta-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, qualificou como "injustificável" a violência contra "as instituições e a República" e convocou um gabinete de crise para tomar medidas para restabelecer a calma.

A revolta contra a ação policial propagou-se inclusive à vizinha Bélgica onde também foram feitas várias detenções.

Nanterre, nos arredores de Paris, mantém-se epicentro da contestação e o bairro onde vivia Nahel não tem descanso, mesmo com vigilância apertada das brigadas de intervenção.

A localidade foi palco de uma marcha em memória de Nahel.

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