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Netanyahu acusa Macron, Starmer e Carney de estarem do lado do Hamas, após críticas à operação em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém, 21 de maio de 2025.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém, 21 de maio de 2025. Direitos de autor  AP Photo
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De Gavin Blackburn
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No início desta semana, os três líderes emitiram uma declaração conjunta a condenar as ações militares "flagrantes" de Israel em Gaza e a avisar que podem tomar "medidas concretas" se Netanyahu não mudar de rumo.

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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou os líderes de França, do Reino Unido e do Canadá de estarem do "lado errado da história" e de se aliarem ao Hamas, depois de todos terem apelado ao fim da operação militar israelita em Gaza e às restrições sobre a entrega de ajuda humanitária.

"Quando os assassinos em massa, os violadores, os assassinos de bebés e os raptores vos agradecem, estão do lado errado da justiça, estão do lado errado da humanidade e estão do lado errado da história", afirmou, mencionando Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney.

"Estes líderes podem pensar que estão a promover a paz, mas não estão. Estão a encorajar o Hamas a continuar a lutar para sempre e a dar-lhe esperança de criar um segundo Estado palestiniano, a partir do qual o Hamas vai tentar de novo destruir o Estado judaico. E, atenção, não vai ser um Estado livre do Hamas", acrescentou Netanyahu.

No início desta semana, os três líderes emitiram uma declaração conjunta a condenar o que chamaram de ações militares "flagrantes" de Israel em Gaza e a avisar que podem tomar "ações concretas" se Netanyahu não mudar de rumo, particularmente no que diz respeito à ajuda humanitária.

Acampamento improvisado na costa da Cidade de Gaza, 22 de maio de 2025.
Acampamento improvisado na costa da Cidade de Gaza, 22 de maio de 2025. AP Photo

Neste discurso televisivo, Netanyahu disse ainda que o assassinato de dois funcionários da embaixada israelita em Washington foi um ato "horrível" de violência antissemita.

Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sarah Milgrim, de 26, foram mortos a tiro durante um evento organizado pelo Museu Judaico da capital norte-americana, na quarta-feira à noite.

Elias Rodriguez gritou "Palestina livre" quando foi detido pela polícia. Netanyahu estabeleceu uma linha direta entre o tiroteio e o ataque liderado pelo Hamas a Israel em 2023, que deu início à guerra Israel-Hamas em Gaza.

A França, o Reino Unido e o Canadá, todos aliados próximos de Israel, condenaram os assassinatos em Washington, tal como tinham feito em relação ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023.

Relações hesitantes

Os três países foram rápidos a reagir. Christophe Lemoine, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, disse a uma rádio que "Israel tem de deixar entrar a ajuda, o acesso tem de ser massivo e livre", ao mesmo tempo que criticou a escalada militar.

O ministro das Forças Armadas do Reino Unido, Luke Pollard, rejeitou as críticas de Netanyahu a Starmer, dizendo que "apoiamos o direito de Israel à autodefesa, desde que a conduza no âmbito do direito humanitário internacional".

As relações entre Israel e o Reino Unido caíram para o nível mais baixo em décadas, no início desta semana, depois de o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, ter anunciado a suspensão das negociações de comércio livre entre os dois países. Lammy classificou de repelentes os apelos dos ministros do Governo israelita para "purificar Gaza".

Velas em frente à Casa Branca em memória de Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, Washington, 22 de maio de 2025.
Velas em frente à Casa Branca em memória de Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, Washington, 22 de maio de 2025. AP Photo

Esta também não é a primeira vez que Macron recebe uma forte repreensão do primeiro-ministro de Israel.

No início deste mês, Netanyahu disse que Macron tinha "mais uma vez escolhido ficar" ao lado do Hamas, depois de o presidente francês ter dito que a Europa deveria considerar a possibilidade de sancionar Israel devido à situação humanitária em Gaza, onde centenas de milhares de pessoas passam fome.

Depois de um bloqueio de quase três meses à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, dezenas de camiões foram autorizados a entrar no início desta semana. Mas a ONU disse que esta era apenas uma "gota no oceano" em comparação com o que era necessário.

Entretanto, na passada sexta-feira, as Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram uma nova ofensiva em Gaza, com o nome de código Operação Carruagens de Gideão.

Esta grande ofensiva terrestre no norte e no sul de Gaza é apoiada pela força aérea israelita e tem como objetivo expandir o "controlo operacional" sobre o território e libertar os restantes reféns ainda detidos pelo Hamas.

Outras fontes • AP

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