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Tarifas sobre o Brasil prejudicam mais os consumidores norte-americanos

ARQUIVO (05/09/2024): Sanduíches de Roast Beef Bauru servidos durante uma manifestação temática brasileira para os fãs dos Eagles que partem para São Paulo.
ARQUIVO (05/09/2024): Sanduíches de Roast Beef Bauru servidos durante uma manifestação temática brasileira para os fãs dos Eagles que partem para São Paulo. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Manuel Ribeiro  & euronews
Publicado a Últimas notícias
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Sendo os EUA o segundo maior mercado de importação de carne bovina brasileira, os direitos aduaneiros anunciados por Trump prejudicarão mais os consumidores norte-americanos do que o contrário.

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As taxas aduaneiras de 50% impostas por Trump sobre produtos brasileiros vão impactar mais os consumidores norte-americanos. Os EUA são o segundo maior mercado de importação de carne brasileira.

Segundo um responsável da indústria pecuária brasileira, a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50 por cento sobre todas as exportações brasileiras a partir de 1 de agosto terá um impacto maior nos consumidores norte-americanos, disse na quinta-feira, considerando que a carne bovina brasileira é indispensável no mercado americano.

Mauricio Velloso, presidente da Associação Nacional da Pecuária Confinada do Brasil, afirmou que o atual rebanho bovino dos Estados Unidos é insuficiente para atender a demanda interna de carne bovina, tornando a carne brasileira indispensável para os consumidores.

Os Estados Unidos são o segundo maior mercado de exportação da carne bovina brasileira.

"A carne bovina brasileira exportada para os Estados Unidos é tipicamente usada para fazer hambúrgueres e almôndegas, que são a base da dieta diária do povo americano. Uma tarifa de 50% causaria mais danos aos consumidores americanos do que ao povo e à indústria pecuária do Brasil", disse Velloso.

ARQUIVO: Talhantes cortam e embalam carne num mercado em Campo Mourão, Brasil, a 7 de dezembro de 2019.
ARQUIVO: Talhantes cortam e embalam carne num mercado em Campo Mourão, Brasil, a 7 de dezembro de 2019. AP Photo

Como medida preventiva contra as tarifas dos EUA, o Brasil tem diversificado ativamente a exportação de carne para outros mercados, observou Velloso.

Na semana passada, o Presidente do Brasil, Lula da Silva prometeu impor tarifas de retaliação aos Estados Unidos, se Donald Trump cumprir a promessa de aumentar as tarifas comerciais em 50%.

"Se não houver negociação, a lei de reciprocidade será posta em prática. Se ele cobrar 50 (% de tarifas) de nós, nós vamos cobrar 50 deles", disse Lula à TV Record. "Respeito é bom. Eu gosto de oferecer o meu e gosto de receber", acrescentou o presidente brasileiro.

O Brasil acredita que a ameaça de Trump está relacionada com o processo judicial que o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, enfrenta no Brasil. Sobretudo depois de o próprio Donald Trump ter exigido o fim do jugalmento de Bolsonaro. Lula da Silva reagiu de imediato, ao sublinhar que "o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, que não aceita ser dado como garantido por ninguém".

Ainda sobre a possível redução de exportação de carne bovina para os EUA, devido às taxas aduaneiras que Trump promete impor a partir do dia 1 de agosto, o ministro brasileiro da Agricultura, Carlos Favaro, disse que o país não cederá nem aceitará a pressão dos EUA e promete expandir o comércio com os países do Sul Global, bem como abrir novos destinos para a exportação.

Outras fontes • AP

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