MNE espanhol exprimiu o seu repúdio pelas declarações de Netanyahu, que acusou Espanha de "ameaça genocida" após as palavras de Pedro Sánchez sobre a ofensiva em Gaza.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol convocou o encarregado de Negócios da Embaixada de Israel em Madrid para expressar o seu forte repúdio pelas declarações "falsas e caluniosas" proferidas, na quinta-feira, pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O líder israelita acusou Espanha de lançar aquilo a que chamou de uma "ameaça genocida flagrante" contra o seu país, na sequência de declarações feitas esta semana pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez. No seu discurso de segunda-feira, em que anunciou nove medidas contra o Estado israelita, Sánchez afirmou:
"Espanha, como sabem, não tem bombas nucleares, nem porta-aviões, nem grandes reservas de petróleo", explicou. "Sozinhos não podemos parar a ofensiva israelita. Mas isso não significa que vamos parar de tentar. Porque há causas pelas quais vale a pena lutar, mesmo que não esteja nas nossas mãos ganhá-las".
O primeiro-ministro espanhol recordou algumas das medidas adotadas nos últimos dois anos para pressionar o governo israelita e aliviar a situação humanitária em Gaza. Entre elas, citou o apoio humanitário à Faixa de Gaza, a suspensão da venda de material militar a Israel e o recente reconhecimento do Estado Palestiniano.
No entanto, vários meios de comunicação social espanhóis distorceram as suas palavras, afirmando que Sánchez "lamenta" não ter bombas nucleares "para usar contra Israel", uma interpretação que o próprio Netanyahu parece ter adotado nas suas declarações.