Cerca de 2.500 agentes, incluindo forças especiais, lançaram uma operação em larga escala contra um gangue de traficantes no Rio de Janeiro e prenderam 80 suspeitos na terça-feira, durante tiroteios que deixaram pelo menos 64 mortos.
Considerada a maior ação policial da história, as autoridades informaram que levaram a cabo uma megaoperação com agentes de várias forças policiais, em helicópteros, com forças especiais em veículos blindados (BOPE), que teve como alvo o Comando Vermelho nas favelas do Complexo do Alemão e da Penha.
A polícia, entretanto, não confirmou nenhuma morte, mas a imprensa brasileira avança com dezenas de mortos, entre eles, 60 suspeitos e 4 agentes da polícia (dois da Civil e dois do BOPE).
Um jornalista da Associated Press (AP) viu pelo menos 10 corpos chegarem ao Hospital Getulio Vargas, na Penha, dois deles, agentes da polícia. Um número desconhecido de pessoas ficou ferido.
Imagens nas redes sociais mostraram fogo e fumo a subir das duas favelas enquanto se ouviam tiros. O Departamento de Educação da cidade informou que 46 escolas, nos dois bairros, foram fechadas.
As autoridades prenderam pelo menos 80 suspeitos, informou a polícia civil do Rio em comunicado.
Claudio Castro, governador do estado do Rio, disse que a operação foi a maior da história da cidade e que o governo federal deveria fornecer mais apoio para combater o crime.
A ação coordenada na terça-feira foi resultado de um ano de investigação sobre o grupo criminoso, informou a polícia.