A taxa de emprego na União Europeia atingiu o melhor nível em pelo menos duas décadas, enquanto a taxa de desemprego chegou a um valor mínimo. A Euronews Business analisa em pormenor o mercado laboral na Europa.
A taxa de emprego da UE atingiu o nível mais elevado de sempre no quarto trimestre de 2024, de acordo com os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Oito Estados-membros da UE também registaram máximos históricos durante este período, desde que a OCDE começou a publicar estes dados em 2005.
Por outro lado, em fevereiro deste ano, a taxa de desemprego caiu para o nível mais baixo desde 2000, mostrando que há menos pessoas sem emprego na UE, também de acordo com as últimas estatísticas da OCDE.
A taxa de emprego da UE situou-se em 70,9% nos últimos três meses de 2024. Entre os 24 Estados-membros incluídos nestes dados, a taxa de emprego variou entre os 62,2% em Itália e 82,3% nos Países Baixos.
Se incluirmos os países candidatos à UE, juntamente com os membros da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) e o Reino Unido, a Islândia registou a taxa de emprego mais elevada, com 85,6%, enquanto a Turquia registou a mais baixa, com 55,2%.
Entre as cinco maiores economias da Europa, a Alemanha registou a taxa de emprego mais elevada, com 77,6%, seguida do Reino Unido, com 75%.
A taxa de emprego de França no último trimestre de 2024 foi de 68,9%, ficando abaixo das médias da UE e da OCDE. Espanha (66,3%) e Itália (62,2%) estavam entre as quatro mais baixas deste conjunto de dados, juntamente com a Grécia e a Turquia.
UE e oito membros batem o recorde de emprego
Oito Estados-membros da UE e a Turquia, um país candidato ao bloco, registaram as respetivas taxas de emprego mais elevadas no último trimestre de 2024. A média da UE também registou um pico recorde. Estas taxas dizem respeito a indivíduos com idades entre os 15 e os 64 anos e são atualizadas sazonalmente.
Os países que bateram recordes incluem a Alemanha, a Chéquia, Portugal, a Eslováquia, a Bélgica, Espanha, Grécia e a Turquia. Isto apesar de alguns países apenas terem registado apenas aumentos marginais.
Países Baixos são o único país da UE com uma taxa superior a 80%
Entre os 24 Estados-membros da UE enumerados (excluindo Chipre, Malta e Roménia), os Países Baixos são os únicos a registar uma taxa de emprego superior a 80% desde 2005. A Islândia e a Suíça também ultrapassaram a marca dos 80% durante este período.
No entanto, se for considerado o grupo etário entre os 20 e os 64 anos - tal como utilizado pelo Eurostat - mais países podem ultrapassar o limiar dos 80%.
Os maiores aumentos anuais das taxas de emprego foram registados na Islândia (mais 1,6 pontos percentuais) e na Grécia (mais 1,5 pontos percentuais). A OCDE atribuiu estes ganhos ao aumento da participação da população ativa.
Taxa de desemprego da UE desce para o nível mais baixo em fevereiro de 2025
De acordo com a OCDE, a taxa de desemprego da UE caiu para 5,7% em fevereiro de 2025, o nível mais baixo desde janeiro de 2000. Estes dados abrangem indivíduos com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos e atualizados sazonalmente.
Entre os 24 Estados-membros da UE, as taxas de desemprego variaram entre 2,6% na Polónia e 10,4% em Espanha, o único país a ultrapassar a marca dos 10%.
Dois países nórdicos registam taxas de desemprego elevadas
Entre todos os países deste conjunto de dados, a Finlândia (9,2%) e a Suécia (8,9%) registam as taxas de desemprego mais elevadas, a seguir à Espanha, que lidera a lista.
Também França (7,4%), Portugal (6,4%) e Itália (5,9%) registaram taxas de desemprego superiores à média da UE.
A Alemanha (3,5%) registou a quarta taxa de desemprego mais baixa em termos globais, o que a torna o país com melhor desempenho entre as cinco maiores economias da Europa, seguida do Reino Unido com 4,4% (com base nos dados de janeiro de 2025).