O festival abre com um musical e fecha com uma "coboiada" à antiga.
Está dado o início à edição número 73 de um dos mais importantes e míticos festivais de cinema no mundo: A mostra de Veneza.
Desta vez, o filme de abertura foi um musical, “La La Land”, de Damien Chazelle, com Emma Stone e Ryan Gosling nos papéis principais.
Stone é uma atriz em ascensão. Gosling um pianista de jazz. A relação entre os dois começa a esfriar quando as carreiras se vão desenvolvendo. O filme está na competição principal.
Para o diretor do festival, Alberto Barbera, este filme é um tributo aos clássicos de Hollywood: “É um grande musical. É uma homenagem aos grandes musicais de Hollywood, como os de Liza Minelli, ou aos filmes de Martin Scorcese, feito de uma perspetiva contemporânea e com uma sensibilidade contemporânea”.
Com apenas 31 anos, Damien Chazelle volta à carga, depois do sucesso e dos três óscares ganhod por “Whiplash”: “Agora, mais do que nunca, precisamos de esperança e de romance nos filmes. Os musicais conseguem uma coisa que só o cinema pode fazer: Dar esta sensação de que estamos numa terra dos sonhos. Só um filme consegue construir este mundo em que de repente começamos a cantar, em que as emoções violam as regras da realidade”, diz o realizador.
O festival encerra com “Os sete magníficos”, de Antoine Fuqua, um remake do célebre western de 1960.
A mostra vai também ser palco do regresso de Mel Gibson à realização. Gibson assina um filme pela primeira vez em dez anos: “Hacksaw Ridge” é a biografia de um médico militar objetor de consciência.
Entre os 20 filmes em competição pelo Leão de Ouro está “Arrival”, uma obra de ficção científica com a assinatura de Denis Villeneuve, o realizador de “O Homem Duplicado” e “Prisioneiros”.
Finalmente, os leões de ouro de carreira vão para o ator francês Jean-Paul Belmondo e para o realizador polaco Jerzy Skolimowski. A mostra de Veneza dura até ao dia 10 de setembro.