O universo surrealista e mágico de René Magritte em Paris

O universo surrealista e mágico de René Magritte pode ser contemplado no Museu Pompidou, em Paris. A exposição reúne cerca de cem pinturas, incluindo algumas das obras mais célebres do artista belga, como o quadro intitulado “A traição das imagens”, onde se encontra representado um cachimbo com a legenda “Isto não é um cachimbo”.
Magritte lançou-se num combate teórico com os filósofos para dizer que as imagens podiam expressar o pensamento tão bem quanto as palavras.
“A relação de Magritte com os filósofos não é como uma relação entre um discípulo e um mestre. Magritte lançou-se num combate teórico com os filósofos para dizer que as imagens podiam expressar o pensamento tão bem quanto as palavras”, afirmou o curador da exposição, Didier Ottinger.
No final dos anos 20, Renée Magritte participou nas atividades do grupo surrealista de Paris, ao lado de André Breton, Paul Éluard e Salvador Dalí, embora nem sempre estivesse de acordo com as ideias do coletivo.
“Durante décadas, Magritte fabricou cartazes. Essas imagens podem ser vistas por pessoas que passam a cem quilómetros por hora na autoestrada ou ao longe na rua. Ele utilizou essa experiência para realizar as suas pinturas. Esse trabalho continua a impressionar o público. São imagens poderosas”, acrescentou o curador.
A exposição dedicada ao artista surrealista belga Renée Magritte, falecido em 1967, pode ser visitada, no Centro Pompidou, em Paris, até 23 de janeiro.