São como sementes de mundos que compõem um universo de papel, que apanha as pessoas de surpresa.
Assim vê a artista plástica contemporânea sul-coreana Ilhwa Kim as suas composições, feitas com hanji, um tipo de papel tradicional.
São pedaços de todos os tamanhos possíveis, aos milhares, que estabelecem um diálogo constante entre cores e luzes, dando origem a peças únicas, como cada lugar do cosmos.
Cada trabalho é espontaneidade. Uma estrutura sem planos, sem preparações, sem cálculos. Kim diz que tudo o que faz é "plantar sementes."
"O que faço é separar peças e juntá-las de outra forma. Milhares de peças. Cada uma representa um mundo por si própria", explica Kim.
Um trabalho continuado, de horas, mas que, longe de frustrar a artista, fá-la entender o mundo.
"E quando milhares de mundos se juntam, criamos um universo. As peças têm linhas direitas e têm curvas. Combinadas, juntas, representam pequenas partículas do mundo. Vejo-as como sementes do mundo. Parecem sementes quando olhamos para elas desde cima."
Os trabalhos de Ilhwa Kim podem ser vistos na House of Fine Art em Londres de 4 a 17 de abril, como parte da exposicao Sensory Portrait. Kim constrói trabalhos de papel desde os oito anos.
Formou-se em técnicas de pintura oriental. Nasceu na Coreia do Sul, em 1967, e estudou na Universidade Hong-Ik, de Seul, cidade onde vive.