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Quatro mortos no combate a incêndios. Fogo em Arganil é dos mais longos de sempre

ARQUIVO 2024: Um incêndio arde junto a uma estrada de montanha perto de Castro Daire, uma vila numa das zonas do norte de Portugal
ARQUIVO 2024: Um incêndio arde junto a uma estrada de montanha perto de Castro Daire, uma vila numa das zonas do norte de Portugal Direitos de autor  Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Bruno Fonseca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Manuel Ribeiro  & Jesús Maturana
Publicado a Últimas notícias
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O incêndio de Arganil começou no Piodão no dia 13 de agosto, alastrou-se para concelhos vizinhos e já é o fogo florestal mais prolongado de que há memória em Portugal continental. No sábado, foi confirmada a morte de um homem no incêndio do Sabugal.

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A arder há onze dias, o incêndio de Arganil começou no Piodão, distrito de Coimbra, no dia 13 de agosto, e alastrou-se para os distritos vizinhos da Guarda e de Castelo Branco. Às 10h00 deste domingo, este incêndio voltou ao Piodão e continua a preocupar as populações, e as autoridades da Proteção Civil (ANEPC) que conta com 1301 operacionais, 435 viaturas e 10 meios aéreos no local.

Ainda de acordo com o site da ANEPC, estavam ativos às 8h00 de domingo, 30 fogos em Portugal continental.

Apesar da descida das temperaturas, registada pelo Copernicus no início da semana, as mesmas vão permanecer altas no interior de Portugal Continental.

Segundo o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), as temperaturas previstas para o interior do país são de 37 graus Celsius para Castelo Branco, 36 graus para Évora 36º e Beja com 35 graus. Por estas razões, o IPMA mantêm o risco de incêndio como “máximo” ou “muito elevado”, nessas regiões do país.

Quatro pessoas morreram no combate aos incêndios

Portugal continental, e o sul da Europa, tem sido afetado por vagas de calor extremo desde julho, o que favoreceu a ocorrência de vários incêndios rurais, sobretudo no interior norte do país.

Neste sábado, um operacional de proteção florestal morreu após ter ficado ferido no Sabugal. O homem trabalhava para uma empresa de proteção de florestas, tinha 45 anos.

Na quarta-feira (20.08), foi confirmada a terceira vitima mortal de um homem de 65 anos que morreu de madrugada num acidente com uma máquina enquanto combatia as chamas em Mirandela, no interior norte do país.

Esta morte junta-se à do ex-presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão que morreu na sexta-feira (15.08) enquanto combatia um incêndio na sua aldeia, e à do bombeiro que morreu num acidente de viação quando se deslocava para um incêndio no concelho do Fundão, no domingo (17.08).

Área ardida ultrapassa os 220 mil hectares

Até quarta-feira (20.08), os incêndios florestais consumiram 222 mil hectares, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Já o Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais (EFFIS) diz que já ardeu 2,69% do território português, ou seja, 247 mil hectares de floresta.

Espanha respira de alívio

Na Espanha, arderam perto de 400 mil hectares, o que corresponde a 0,70% do território. A melhoria das condições climatéricas está a permitir a estabilização dos focos de incêndio. Embora as notícias sejam boas, ainda há muito trabalho a fazer.

As condições meteorológicas deixaram de ser desfavoráveis e tornaram-se o fator-chave para a melhoria da situação. A descida das temperaturas, o aumento da humidade e a moderação do vento permitiram que as equipas de combate aos incêndios aproveitassem uma janela de oportunidade para estabilizar os focos um a um.

"Resta menos", declarou Virginia Barcones com um otimismo cauteloso, embora adverte que estes incêndios são "muito traiçoeiros" e podem ser reactivados quando parecem estar controlados, disse a diretora-geral da Proteção Civil espanhola.

Prevê-se que as temperaturas máximas continuem a descer no Norte, com nevoeiros matinais e nuvens em evolução que ajudarão a humedecer a atmosfera.

A comunidade autónoma mais afetada continua a ser Castela e Leão, onde a Junta declarou "alarme extremo" para os incêndios em 37 municípios de Leão, Zamora e Palência até 26 de agosto. A região tem oito incêndios de nível 2, outro de nível 1 e mais de uma dezena activos, sendo o foco de Igüeña o mais preocupante devido ao risco de se juntar ao incêndio de Fasgar.

O destacamento mantém todas as tropas da Unidade Militar de Emergência, meios aéreos, BRIF, Guarda Civil, Polícia Nacional e meios regionais, para além do apoio de nove países europeus que fornecem meios aéreos e terrestres ao dispositivo de extinção espanhol.

*em atualização

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